Tensão no Oriente Médio

Israel entra em alerta máximo após ataque iraniano sem precedentes

O ataque foi considerado o maior do tipo contra alvos iranianos desde 2020

Israel entra em alerta máximo (foto ilustrativa/unsplash)
Israel entra em alerta máximo (foto ilustrativa/unsplash)

O Irã lançou centenas de drones aéreos e mísseis contra Israel na noite do ultimo sábado (13). Pouco antes das 20h (2h da madrugada de domingo no horário de Israel), Jerusalém foi sacudida por várias explosões, enquanto as sirenes de alerta ecoavam por todo o país. 

Foi a primeira vez que o Irã optou por realizar ataques diretos contra o território de Israel, marcando uma mudança significativa em sua estratégia de confronto.

Apesar de anos de uma guerra paralela entre os dois países, o Irã costumava utilizar forças “por procuração” (proxy), evitando confrontos diretos e optando por usar terceiros na disputa.

Os militares israelenses afirmaram ter interceptado mais de 300 mísseis de cruzeiro e drones, a maioria antes que adentrassem o espaço aéreo israelense. Apesar disso, Israel alertou a população para permanecer em estado de vigilância.

O presidente dos EUA, Joe Biden, condenou veementemente o ataque, mas afirmou que ajudaram Israel a neutralizar a maioria dos mísseis e drones lançados.

“O Irã e os seus representantes que operam a partir do Iêmen, Síria e Iraque lançaram um ataque aéreo sem precedentes contra instalações militares em Israel”, disse Biden.

O Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC) do Irã justificou o ataque afirmando que tinha como alvo “objetivos específicos”.

Esse ataque foi uma resposta ao ataque ao consulado do Irã na Síria, ocorrido no início de abril e que resultou na morte de sete oficiais do IRGC, incluindo um general. O Irã acusou Israel pelo ataque, mas Israel não confirmou nem negou seu envolvimento.

Por que o Irã lançou ataque contra Israel?

Israel e as potências internacionais aguardavam a resposta das forças iranianas ao ataque de 1º de Abril, atribuído a Israel contra o edifício do consulado iraniano em Damasco, na Síria.

A escalada não pegou de surpresa ninguém, uma vez que ambas as nações são inimigas declaradas e têm histórico de sabotagem mútua. Teerã comemorou o ataque realizado pelo Hamas em outubro do ano passado, intensificando ainda mais as tensões na região.

Na ofensiva aérea lançada pelo Irã neste sábado (13), sete membros do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC) foram mortos, incluindo Mohammed Reza Zahedi, um alto comandante das forças terrestres e aéreas do IRGC, além de vice-comandante das operações do IRGC.

O ataque foi considerado o maior do tipo contra alvos iranianos desde a operação que resultou na morte de Qassem Soleimani, chefe da Unidade de Força Quds do IRGC, em Bagdá, em 2020, sob aval de então presidente dos EUA, Donald Trump.

Israel, que tem o costume de não confirmar nem negar seu envolvimento em operações na Síria ou em outros países da região, indicou que o edifício atacado não era um consulado.

Acesse a versão completa
Sair da versão mobile