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Latam diz que alegações da Gol (GOLL4) sobre aviões são infundadas

A tentativa, segundo a Gol, seria uma forma de tirar proveito da recuperação judicial

A Latam rebateu as alegações feitas pela Gol (GOLL4) de que o grupo chileno estaria tentando tomar aviões da companhia brasileira. A tentativa, segundo a Gol, seria uma forma de tirar proveito da recuperação judicial que protocolou nos Estados Unidos (chapter 11). As informações são do jornal “Valor”.

Em documento enviado à Justiça dos EUA, a companhia alegou que a Gol staria buscando usar de forma indevida o automatic stay (período de proteção dado ao devedor durante o chapter 11), como “arma ofensiva para impedir que a Latam se envolva em participação no mercado no curso normal, ou seja, alugue a aeronave de sua escolha”.

Segundo a Latam, as alegações “infundadas” da Gol se baseiam em premissas falsas de que a Latam está à procura dos aviões da Gol e dos pilotos da Gol.

“Isso é pura especulação e incorreto. A Latam não está buscando aeronaves ou pilotos das devedoras. A Latam está buscando aeronaves de fuselagem estreita adicionais para atender às necessidades atuais de sua frota e de suas afiliadas, como afirmam claramente as cartas nas quais os devedores se baseiam”, disse a Latam.

Gol pede intimação da Latam por tentar tomar seus aviões

A Gol aumentou a ofensiva e pediu à justiça de Nova York que a Latam seja intimada a esclarecer sobre as acusações de tentar tomar seus aviões Boeing 737. A moção foi protocolada na quinta-feira (8) quando a Gol, que enfrenta um processo de recuperação judicial (RJ) nos EUA, chamado chapter 11, apresentou a carta que foi enviada pela Latam aos arrendadores.

Além da carta, a Gol divulgou também uma proposta de emprego feita pela outra companhia aérea aos pilotos do modelo 737. Na solicitação, a empresa brasileira pede que diversos executivos da chilena sejam ouvidos pela corte norte-americana. Na lista de nomes estão: Jerome Cadier (CEO da Latam Brasil), Roberto Alvo (CEO Global da Latam) e Ramiro Alfonsin (CFO Latam).

A resposta a esses pedidos deve acontecer na segunda-feira (11). Segundo o “Valor”, a Gol expressou descontentamento depois da tentativa da Latam de tomar entre 20 a 25 de seus aviões 737. Conforme relataram os advogados da companhia à corte novaiorquina, a tentativa aconteceu através de cartas da Latam, enviada aos arrendadores em 26 de janeiro, um dia depois que a Gol (GOLL4) protocolou seu RJ.