O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desembarcou na manhã desta sexta-feira (21) em Portugal para visita oficial ao país. É primeira viagem do presidente à Europa desde o início do seu terceiro mandato.
Os compromissos oficiais começam no sábado (22), quando o presidente participará de uma cerimônia de boas-vindas na Praça do Império, em frente ao Mosteiro do Jerônimo, e da deposição de flores junto ao túmulo do poeta português Luís de Camões, no interior do mosteiro. Na sequência, Lula tem encontro bilateral com o presidente Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio de Belém. As informações são da Agência Brasil.
Em seguida, haverá almoço oferecido pelo primeiro-ministro Antônio Costa e, à tarde, ocorre a 13ª Cúpula Luso-Brasileira, no Centro Cultural de Belém, com a assinatura dos acordos bilaterais. Inicialmente os dois chefes de governo têm reunião reservada, seguido de uma plenária com as duas delegações.
De acordo com o Palácio do Planalto, serão assinados pelo menos 13 acordos e parcerias firmados com o governo português, incluindo memorando de entendimento entre as agências espaciais do Brasil e de Portugal, entre as agências de cinema dos dois países para coprodução audiovisual e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) com diversos ministérios do governo português.
Desde a posse, no dia 1° de janeiro deste ano, Lula realizou viagens oficiais à Argentina, Uruguai, Estados Unidos, China e Emirados Árabes Unidos.
Casa Branca critica falas de Lula sobre guerra da Ucrânia
A Casa Branca criticou as declarações de Lula, que apontou os EUA e a União Europeia como culpados pelo prolongamento da Guerra da Ucrânia, além de afirmar que tanto Rússia quanto Ucrânia eram responsáveis pela guerra iniciada no ano passado.
Nesta segunda-feira (17), o porta-voz de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, afirmou que Lula “está reproduzindo propaganda russa e chinesa”. Ainda segundo ele, os comentários foram “simplesmente equivocados”.
Esta foi a segunda resposta dura às declarações de Lula, feitas no último domingo (16). Mais cedo, o porta-voz principal para Assuntos Externos da União Europeia, Peter Stano, afirmou que a Rússia é a “única responsável” pela escalada da violência no Leste Europeu.
“Os Estados Unidos e a União Europeia trabalham juntos, como parceiros de uma ajuda internacional. Estamos ajudando a Ucrânia em exercícios para legítima defesa”.
Ele também lembrou que o Brasil fez parte dos 143 países que condenaram a invasão da Ucrânia e pediram pelo fim das hostilidades, dentro do ambiente das Nações Unidas. “Não é verdade que os EUA e UE estão ajudando a prolongar o conflito. Nós oferecemos inúmeras possibilidades à Rússia de um acordo de negociação em termos civilizados”.