O magnata indiano Ratan Tata, líder do grupo Tata, morreu aos 86 anos na última quarta-feira (9). Através de um comunicado, o grupo anunciou a morte de Ratan, identificando-o como um “líder extraordinário”. A causa da morte não foi relevada.
O conglomerado tornou-se um dos maiores do mundo no setor industrial sob o comando de Ranan Tata, entre os anos de 1991 a 2012. Durante esse período, os lucros da companhia multiplicaram-se por 50, com a maior parte das receitas de vendas no exterior.
A empresa é dona de marcas de luxo britânicas como Jaguar e Land Rover, além dos chás Tetley. O magnata deixa um fortuna avaliada em US$ 300 milhões.
O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, qualificou Tata como um “líder empresarial visionário, uma alma compassiva e um ser humano extraordinário”.
O líder político indiano também agradeceu à Tata por aportar “uma liderança estável a uma das empresas mais antigas e de maior prestígio da Índia”.
Furtuna da família do magnata indiano é oriunda do século XIX
Os Tatas fizeram sua fortuna no comércio de ópio com a China no século XIX e em fábricas de tecidos. Quando o pai de Ratan, Naval Tata, se tornou vice-presidente do negócio da família, o Grupo Tata já estava consolidado em diversas empresas de produção e comércio.
Ratan e seu irmão mais novo, Jimmy, foram criados e adotados por sua rica avó paterna após a separação dos pais, quando ainda eram crianças. O magnata cresceu em um edifício de estilo barroco, conhecido como Tata Palace, em Mumbai, com uma equipe de 50 funcionários, e ia para a escola de Rolls-Royce.
Na adolescência, foi estudar nos EUA, onde permaneceu até ser chamado pela sua avó novamente à Índia para tocar o negócio da família.
Ele começou em 1962 na TISCO, hoje conhecida como Tata, alojando-se em uma acomodação para aprendizes e trabalhando no chão de fábrica, perto dos altos fornos.