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McDonald's: Guerra causa escassez de batata frita na Rússia

Na última semana, clientes começaram a postar fotos dos cardápios sem batata frita

A Vkusno & Totchka, rede que assumiu os restaurantes McDonald’s na Rússia, precisou retirar as batatas fritas do cardápio. A medida foi tomada após sanções ocidentais contra Moscou que dificultam a importação do produto, além de uma colheita fraca no país em 2021, segundo o jornal The Guardian. 

A Rússia invadiu a Ucrânia no final de fevereiro deste ano e, desde então, vem sofrendo com rigorosas sanções impostas pelo Ocidente, além da saída de importantes empresas, como ocorreu com o McDonald’s, que suspendeu suas operações em março e vendeu todos os restaurantes para um licenciado local em maio.

Após o sucesso inicial de vendas, os restaurantes da Vkusno & Totchka passaram a sofrer com a escassez da batata frita. Na última semana, clientes começaram a postar fotos dos cardápios sem a comida. 

O grupo diz que as batatas voltarão integralmente aos menus dos restaurantes “no início da próxima safra, outono de 2022”. Na Rússia, o outono começa em setembro.

Em comunicado, a Vkusno & Totchka diz que agora é “impossível importar de mercados que poderiam se tornar fornecedores temporários de batatas”.

Presidente-executivo da empresa, Oleg Paroev afirmou à Reuters que “uma porcentagem significativa” dos ingredientes é adquirida no exterior.

A expectativa, ao menos, é positiva, já que o Ministério da Agricultura da Rússia afirmou que a colheita de batata será maior do que a de 2021. “A nova safra já está chegando, o que descarta a possibilidade de desabastecimento”. 

McDonald’s deixa Rússia após 30 anos

Em maio deste ano, o McDonald’s anunciou que iria se retirar totalmente da Rússia. Em março, após o início da guerra na Ucrânia, o McDonald’s já tinha anunciado o fechamento de seus 850 restaurantes na Rússia e a suspensão de todas as suas operações no país, seguindo o passo de várias multinacionais que decidiram se distanciar de Moscou após a invasão russa da Ucrânia.

A gigante do fast food apontou para a crise humanitária causada pela guerra, dizendo que manter seus negócios na Rússia “não era mais sustentável, nem consistente com os valores do McDonald’s”.