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Milei diz querer manter 'relação adulta' com o Brasil

Milei explicou que quer manter as relações comerciais e trabalhar junto com Brasil para entrarem na OCDE

Ao se apresentar no principal salão do Fórum Econômico Mundial, em Davos, nesta quarta-feira (17), o presidente da Argentina, Javier Milei, disse que “vai manter um uma relação adulta” com o Brasil.

Por “relação adulta”, Milei explicou que quer manter as relações comerciais e trabalhar junto com Brasil para entrarem na OCDE.

Em sua estreia internacional como presidente da Argentina, Milei afirmou que “o Ocidente está em perigo”, argumentando que os valores estão “cooptados com uma visão de mundo que inexoravelmente leva ao socialismo”.

Critica ao socialismo

O libertário elogiou os mercados livres e criticou o socialismo em Davos, durante a primeira viagem ao exterior do autoproclamado “anarcocapitalista”, que está lutando para solucionar uma grande crise econômica em seu país.

A viagem marca um teste para Milei, um político relativamente novo que assumiu o cargo no mês passado após uma rápida ascensão de um economista de língua ácida e comentarista de TV à Presidência da República. Ele está empenhado em obter apoio para suas ideias econômicas, que incluem o fechamento do Banco Central e a adoção do dólar.

“O socialismo é um fenômeno que cria pobreza”, disse ele em um discurso especial para uma plateia abastada no Fórum Econômico Mundial, onde mais tarde se reunirá com a chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva.

“O capitalismo de livre iniciativa é a única ferramenta que temos para acabar com a fome e a pobreza”, acrescentou.

Milei, que está lutando para derrubar uma inflação que chegou a 200% no ano passado e reconstruir as reservas internacionais, que se esgotaram, chegou ao poder no ano passado impulsionado pela raiva dos eleitores em relação ao agravamento da crise econômica, muitas vezes fazendo campanha com uma motosserra para enfatizar seus planos de reduzir o tamanho do Estado.

Ele está promovendo grandes reformas econômicas, incluindo cortes de gastos e desregulamentação, em uma tentativa de melhorar as finanças do governo e estimular a economia. Mas ele enfrenta níveis de pobreza que estão subindo acima de 40% e a ameaça de agitação social.

Com informações de “O Globo”.