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Ministros da União Europeia firmam “histórico” acordo migratório

A ministra do Interior da Alemanha, Nancy Faeser, comemorou o acordo na noite da última quinta-feira (8), e o caracterizou como “histórico”.

Os Ministros da União Europeia chegaram a um acordo nesta quinta-feira (8), em relação a como compartilhar a responsabilidade pelo cuidado de imigrantes e refugiados. Até chegar em um consenso, as negociações duraram cerca de 12 horas, levando a Itália e Grécia a assinarem o acordo que vinha se arrastando há quase uma década.

Nesse sentido, o acordo dos Ministros da União Europeia integra avaliações mais aceleradas de pedidos de asilo, como um pacto de solidariedade entre os países do bloco, entre outros procedimentos relacionados à capacidade de acolhimento de cada nação e ajuda financeira.

Sendo assim, os ministros especialistas em assuntos domésticos do bloco de 27 membros selaram o acordo, com o objetivo de encerrar anos de divisão, que se arrasta desde 2015, quando mais de um milhão de pessoas, a maioria fugindo da guerra na Síria,  chegaram à União Europeia pelo Mar Mediterrâneo.

O acordo

Dessa forma, a ministra do Interior da Alemanha, Nancy Faeser, comemorou na noite da última quinta-feira (8), e o caracterizou como “histórico”. A principal autoridade de imigração do bloco informou que o acordo representa uma situação em que todos os estados-membros da UE ganham.

“Isso é ótimo, um grande feito, mostrando que é possível trabalhar juntos em imigração. Somos tão mais fortes quando trabalhamos juntos”, disse a comissária de assuntos internos, Ylva Johansson.

Desde 2015, a pauta sobre a recepção imigrantes tornou-se um assunto cada vez mais controverso. No entanto, incapaz de concordar sobre como compartilhar a responsabilidade, países da UE no geral focaram em reduzir a quantidade de chegadas, com dados da ONU mostrando que menos de 160.000 pessoas cruzaram o mar no último ano para o bloco com 500 milhões de pessoas.

Vale destacar que, os Ministros da União Europeia levaram em conta que, quase 2.500 pessoas morreram ou estão desaparecidas em travessias perigosas no mesmo período na tentativa de fugirem.