A agência de classificação de risco Moody’s decidiu, nesta segunda-feira (26), manter sua perspectiva negativa para a China, sinalizando que as tensões comerciais persistentes entre o país e seus principais parceiros comerciais podem exercer um impacto negativo e duradouro sobre o perfil de crédito chinês.
A Moody’s destacou que esses conflitos comerciais representam um desafio significativo para a economia do país, podendo influenciar a avaliação do seu risco de crédito por um período prolongado.
Em resposta, o Ministério das Finanças da China avaliou a decisão da Moody’s sob uma ótica diferente, afirmando que a avaliação da agência é, na verdade, um “reflexo positivo das perspectivas positivas da economia chinesa”.
O órgão enfatizou a confiança no potencial de crescimento econômico do país, apesar dos desafios externos, e interpretou a manutenção da perspectiva negativa como um reconhecimento das bases sólidas que sustentam a economia chinesa.
Brasil diminui exportações a China e aumenta para os EUA em 2025
O Brasil aumentou suas exportações para os EUA e reduziu as remessas para a China nos primeiros quatro meses de 2025, segundo dados da plataforma do governo brasileiro ComexStats.
De janeiro a abril de 2025, o Brasil exportou US$ 28,5 bilhões para a China, uma queda que de 12,2% em relação ao mesmo período de 2024. Na comparação anual, o montante arrecadado foi de US$ 32,3 bilhões. A queda nas exportações foi de 449 mil toneladas somando todos os itens.
Com relação aos EUA, as exportações para o território norte-americano subiram 3,7% no período. As exportações nacionais para o país acumularam US$ 13,1 bilhões com altas mais fortes no segmento de carnes bovinas, café e suco de laranja. As informações foram apuradas pelo portal Exame.
Veja os 10 itens mais exportados do Brasil para os EUA em abril de 2025
- Óleos combustíveis: US$ 184 milhões
- Óleos brutos de petróleo: US$ 522 milhões
- Café não torrado: US$ 253 milhões
- Aeronaves e partes: US$ 233 milhões
- Semi-acabados de ferro ou aço: US$ 232 milhões
- Carne bovina: US$ 229 milhões,
- Ferro-gusa e similares: US$ 173 milhões
- Equipamentos de engenharia: US$ 149 milhões
- Sucos de frutas/vegetais: US$ 109 milhões
- Celulose: US$ 83 milhões
- Demais produtos: US$ 1.401 milhões