Moscou teve a sua segurança reforçada neste sábado (24) em meio ao motim do Grupo Wagner, que tomou a cidade de Rostov-on-Don e chegou a Voronezh. O prefeito da capital russa, Sergei Sobyanin, declarou regime de “operação antiterrorista”.
Em comunicado, o prefeito ainda declarou a próxima segunda-feira (26/6) como dia não útil, com exceção de autoridades e empresas de ciclo contínuo, complexo militar-industrial e serviços urbanos.
“Peço-lhe que se abstenha de viajar pela cidade o máximo possível. É possível bloquear o tráfego em determinados quarteirões e em determinadas estradas. Informe o 112 sobre emergências e incidentes em tempo hábil”, pediu Sobyanin.
Segundo a agência “Reuters”, soldados russos teriam posicionado uma metralhadora na periferia de Moscou. Além disso, a Praça Vermelha foi fechada por policiais.
Além disso, de acordo com a agência estatal de notícias russa, a “TASS”, as estradas que chegam a Rostov estão bloqueadas. Policiais armados estão se reunindo no ponto onde a rodovia M4 – por onde os mercenários amotinados de Wagner estão se movendo – chega à capital russa.
Na última sexta-feira (23), o Grupo Wagner, antes aliado de Vladimir Putin na invasão da Ucrânia, acusou o governo da Rússia de atacar acampamentos da organização e prometeu retaliações.
Putin chama rebelião de mercenários de “facada nas costas”
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou neste sábado (24) que a rebelião de membros do Grupo Wagner foi uma “facada nas costas” e prometeu punir quem trair as Forças Armadas do país.
O pronunciamento de Putin ocorreu horas depois de que o líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, afirmou que quer depor o comando militar da Rússia. Desde sexta-feira (23), os mercenários tomaram o controle da cidade Rostov-on-Don e ameaçaram avançar para Moscou.
Durante a declaração, o presidente russo disse que a resposta à rebelião será dura e que todos os que tomaram parte no motim serão punidos. Segundo Putin, todas as Forças Armadas da Rússia já receberam todas as ordens necessárias.
“É um golpe para a Rússia, para o nosso povo. E nossas ações para defender a Pátria contra tal ameaça serão duras”, pontuou.
“Todos aqueles que deliberadamente pisaram no caminho da traição, que prepararam uma insurreição armada, que seguiram o caminho da chantagem e métodos terroristas, sofrerão punição inevitável, responderão tanto à lei quanto ao nosso povo”, acrescentou Putin.