Problemas no paraíso

Musk critica isenções fiscais do governo Trump

Segundo o bilionário, o episodio põe em custo todo o trabalho de redução feito pelo Departamento de eficiência governamental

Elon Musk
Elon Musk / Foto: Divulgação/SpaceX

O CEO (presidente executivo) da Tesla (Elon Musk) criticou um pacote de isenção fiscal trilionário que o presidente dos EUA, Donald Trump, empreende no país. O relato foi dado durante entrevista ao programa da CBS Sunday Morning e expões divergências internas no governo do empresário na Casa Branca.

 A medida é vendida como promessa de investimento na defesa da nação e seguirá para o senado, sendo caraterizado pelo republicano como “grande e belo”. Musk afirmou estar desapontado com uma administração tão dispendiosa que inevitavelmente aumentará o déficit público.

 Segundo o bilionário, o episodio põe em custo todo o trabalho de redução feito pelo Departamento de eficiência governamental. O executivo foi escalado para liderar a política de cortes internos do governo e admitiu ver o comportamento de Trump como mina para seu plano de ações.

Reação de Elon Musk à política de Trump

“Acredito que uma lei pode ser grande ou pode ser bonita. Não pode ser os dois”, retorquiu ainda Musk, numa referência à forma como Trump descreve este projeto de lei.

A legislação segue agora para o senado americano, onde há expectativas de sofrer alterações até ver a luz do dia. O chefe da Tesla também destacou que os mercados aguardam com grande preocupação os resultados desta política.

FMI crítica EUA por déficit fiscal e gestão econômica agressiva

A vice-diretora- gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Gita Gopinath, fez um apelo para que os EUA reduzam deu déficit fiscal e enfrente o “fardo da dívida em constante crescimento”. Em entrevista ao jornal Financial Times nesta quarta-feira (21), a dirigente demonstrou preocupação com os impactos de um corte nos impostos em território norte-americano.

A equipe da autarquia monetária ressaltou que o déficit ficas está muito elevado, criando uma trajetória ascendente contínua para a relação dívida-PIB (Produto Interno Bruto).

“Deveriamos ter uma política fiscal nos EUA que seja compatível com a redução da dívida em relação ao PIB ao longo do tempo”, afirmou. O FMI também alertou sobre os perigos das políticas comerciais cada vez mais agressivas do país.