A iminência de uma nova greve nos portos dos Estados Unidos preocupa setores-chave da economia, como a indústria e o comércio de grãos. O Sindicato Internacional de Estivadores e Armazéns (ILWU) está em negociações tensas com a Pacific Maritime Association (PMA), representante dos empregadores, buscando melhores condições de trabalho e reajustes salariais.
Os portos da Costa Oeste, responsáveis por movimentar uma parcela significativa das exportações agrícolas e industriais dos EUA, já enfrentaram atrasos este ano devido a disputas trabalhistas.
Uma paralisação completa pode trazer impactos severos à cadeia logística global, pressionando preços e afetando a oferta de produtos, desde componentes industriais até alimentos básicos, as informações foram apuradas pelo portal Infomoney.
Impacto em todo cenário agricola
O comércio de grãos está particularmente em risco, uma vez que o escoamento para mercados internacionais depende dos portos. Exportadores temem que atrasos comprometam contratos e aumentem custos, especialmente em um momento de volatilidade nas commodities agrícolas.
Autoridades locais e federais monitoram de perto as negociações, considerando a possibilidade de intervenção caso a greve avance. A última grande paralisação nos portos da Costa Oeste, em 2014, causou prejuízos bilionários e interrompeu fluxos de comércio por meses.
Empresas impactadas estão revisando estratégias logísticas e buscando alternativas para minimizar os danos, mas os custos de desvio de rotas e transporte aéreo permanecem elevados. Analistas apontam que uma solução rápida será essencial para evitar interrupções prolongadas e impactos de longo prazo na economia.
Siderúrgica US Steel tem venda vetada por Biden
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, vetou a venda da siderúrgica americana US Steel para a japonesa Nippon Steel, uma transação avaliada em US$ 14,9 bilhões (cerca de R$ 92,5 bilhões).
Biden justificou a decisão alegando que a aquisição colocaria um dos maiores produtores de aço dos EUA sob controle estrangeiro, representando riscos à segurança nacional e à cadeia de suprimentos, como apurou a AFP (Associação de imprensa francesa, traduzido do inglês).
Os Estados Unidos são o maior importador mundial de aço, com o setor dominado principalmente pela China. Biden destacou que a produção de aço e os trabalhadores metalúrgicos são fundamentais para o país, enfatizando a importância de uma indústria siderúrgica robusta para a segurança nacional e a resiliência das cadeias de suprimentos. Durante seu mandato, o presidente triplicou as tarifas sobre as importações de aço da China.