A OPEP+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados) chegou a um acordo neste domingo (4) para estender os cortes de produção de petróleo até 2024 e dar aos Emirados Árabes Unidos uma cota maior no próximo ano, de acordo com um comunicado do grupo. As informações são do Bloomberg.
Em um acordo fechado pela OPEP+, a Arábia Saudita anunciou que realizará um corte voluntário adicional de 1 milhão de barris de petróleo por dia. A decisão foi divulgada pelo ministro da Energia saudita, príncipe Abdulaziz bin Salman, após intensas negociações que se estenderam por horas.
Dessa forma, a mudança saudita, adicionando um corte voluntário, foi a parte mais significativa do acordo, dando sustentação à redução da produção até 2024. O príncipe Abdulaziz já havia lançado alerta a “especuladores” para tomarem “cuidado” com os rumos do preço do petróleo.
Na noite de domingo, por volta das 20h, os preços do petróleo nos mercados internacionais registraram uma alta significativa. O preço do barril do tipo Brent, que serve como referência para os preços da Petrobras (PETR4), apresentou um avanço de 2,55%, sendo cotado a US$ 78,07, enquanto o WTI teve uma valorização de 2,63%, atingindo US$ 73,63.
Os Emirados Árabes Unidos saíram como principais vencedores das negociações realizadas durante o final de semana. O país obteve uma melhoria em sua cota para o próximo ano, em detrimento dos membros africanos, que foram solicitados a abrir mão de parte da produção não utilizada.
O acordo definitivo chegou, portanto, após longas negociações com os membros africanos, o que atrasou o início da conferência em várias horas. Ao final, contudo, todos os países concordaram em revisar suas capacidades de produção, conforme o comunicado da OPEP.
OPEP prevê alta na demanda global por petróleo em 2023
A OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) manteve sua previsão de alta na demanda global por petróleo em 2023, em 2,3 milhões de barris por dia (bpd), de acordo com relatório mensal publicado nesta quinta-feira (13).
É esperado que a demanda em países que integram a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento) cresça cerca de 100 mil bpd este ano. Fora da OCDE, a previsão da OPEP é de avanço em torno de 2,2 milhões de bpd no consumo em 2023.