A Opep+ realizou uma reunião nesta quinta-feira (30) para discutir a possibilidade de impor cortes adicionais na produção de petróleo durante suas reuniões virtuais. De acordo com a divulgação de fontes internas, o acordo preliminar foi alcançado para um corte de mais de 1 milhão de barris por dia (bpd).
Os principais produtores, como Arábia Saudita, Rússia e outros membros da Opep+, representam mais de 40% da produção mundial de petróleo, que totaliza cerca de 43 milhões de bpd.
No mercado, os futuros do petróleo Brent registraram um aumento de 1,4%, ultrapassando os 84 dólares por barril, indicando um terceiro dia de ganhos. Esses números refletem as expectativas em torno dos possíveis novos cortes por parte da Opep+.
Há discussões em andamento sobre a possibilidade de redução na produção entre 1 milhão e 2 milhões de bpd durante o primeiro trimestre de 2024.
A reunião da Opep, normalmente realizada em Viena, foi realizada virtualmente após ter sido adiada na semana anterior devido a divergências sobre a redução na produção. Os debates entre os delegados foram intensos, principalmente em relação ao tamanho dos cortes e sua distribuição entre os membros da aliança.
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Brasil recebe convite para entrar na Opep+
Ainda durante reunião, a Opep+ convidou o Brasil a fazer parte da organização, reconhecendo sua posição como o maior produtor de petróleo na América do Sul, com uma produção estável em crescimento, atingindo 2,3 milhões de barris por dia no terceiro trimestre deste ano.
Em resposta ao recente convite estendido ao Brasil para integrar a Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, revelou durante uma reunião com membros da organização, nesta quinta-feira (30), que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva oficializou a aceitação do convite por meio de uma carta de cooperação.
Os ministros responsáveis pelo setor petrolífero dentro da Opep+ anunciaram que o Brasil passará a fazer parte do grupo a partir de janeiro do próximo ano. Essa adesão trará para a aliança um dos produtores de petróleo com um dos crescimentos mais significativos em todo o mundo.
“Esperamos nos juntar a este distinto grupo e trabalhar com todos os 23 países nos próximos meses e anos”, destacou Silveira.
O ministro fez declarações cheias de elogios à Opep+, grupo integrado por Arábia Saudita e Rússia, dizendo que o Brasil acompanha com entusiasmo o trabalho “valoroso” da grupo.
