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Países do G7 discutem proibição de importações de ouro russo

Países do G7 discutem proibição de importações de ouro russo

Os líderes do G7, grupo das maiores economias do mundo, se reuniram neste domingo (26) nas montanhas da Baviera, na Alemanha, para estabelecer novas sanções contra a Rússia e aumentar a pressão contra Vladimir Putin. De acordo com a “Reuters”, o grupo deve anunciar a proibição de importação do ouro russo na terça-feira (28).

O grupo, composto por Alemanha, Canadá, EUA, França, Itália, Japão e Reino Unido, está sancionando o ouro que sai da Rússia para os países do G7 pela primeira vez. Segundo uma fonte familiarizada com o assunto, os EUA e o Reino Unido devem fazer um pronunciamento ainda neste domingo, enquanto o Departamento do Tesouro dos EUA irá emitir uma proibição oficial na terça-feira.

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A promessa do G7 marcaria uma separação total entre a Rússia, a segunda maior mineradora de ouro do mundo, e os dois principais centros comerciais do mundo, Londres e Nova York.

Na reunião, o presidente norte-americano, Joe Biden, afirmou aos aliados que eles devem se unir contra a Rússia. Logo no início da reunião, quatro dos sete países-membros abordaram a questão de impor sanções à importação do ouro russo, sendo eles EUA, Reino Unido, Japão e Canadá. A França também apoiou o movimento, que faz parte dos esforços dos países de cortar os meios de financiamento da Rússia no tocante à invasão da Ucrânia.

O Reino Unido afirmou que a proibição de importação do ouro russo visa os oligarcas russos que compram barras de ouro para reduzir o impacto financeiro das sanções impostas pelo Ocidente. No ano passado, as exportações russas de ouro alcançaram os US$ 15,45 bilhões.

“As medidas que anunciamos hoje atingirão diretamente os oligarcas russos e atingirão o coração da máquina de guerra de Putin”, afirmou Boris Johnson, o primeiro-ministro britânico, em comunicado.

Os líderes do G7 também debateram sobre um possível teto de preço para as importações de petróleo russo, segundo uma fonte do governo alemão. Charles Michel, o presidente do Conselho Europeu, disse que a questão ainda precisa ser mais discutida.

“Sou cuidadoso e cauteloso, estamos prontos para entrar nos detalhes e para tomar uma decisão junto com nossos parceiros, mas queremos ter certeza de que o decidirmos terá um efeito negativo [sobre a Rússia] e não para nós mesmos”, disse Michel.

Horas antes dos líderes das maiores economias do mundo se reunirem na Alemanha, os russos voltaram a atacar a capital ucraniana, com mísseis russos atingindo um bairro residencial em Kiev. No encontro do G7, Joe Biden descreveu os novos bombardeios russos como uma “barbárie”.

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