COP29

Países ricos propõem US$ 300 bi para enfrentar crise climática

Na sexta-feira (22), a proposta estava em US$ 250 bilhões, mas não agradou; discussão também gira em torno de como valor será distribuído

COP29
Foto: Divulgação/ApexBrasil

Na COP29 (Conferência Climática das Nações Unidas), no Azerbaijão, as negociações quanto ao valor de enfrentamento à crise climática ainda não chegou ao fim, com a disparidade cada vez mais aguda de países desenvolvidos e em desenvolvimento. Na manhã deste sábado (23), a proposta dos países ricos foi de US$ 300 bilhões.

Na sexta-feira (22), a proposta estava em US$ 250 bilhões, mas não agradou, por isso o avanço em US$ 50 bilhões.

Líder das negociações dos pequenos estados insulares, Thoriq Ibrahim, Ministro do Clima, Energia e Meio Ambiente das Maldivas, declarou ao The Guardian, que o montante proposto na sexta, considerando a inflação em relação à meta anterior de US$ 100 bilhões definida em 2009 , “expõe uma realidade frequentemente negligenciada nas negociações climáticas, o valor real do dinheiro ao longo do tempo”.

O acordo gira em torno não apenas da quantia final, mas de como o dinheiro será distribuído e em que termos. Diante do contexto, o secretário-geral da ONU, António Guterres, intensificou sua participação na COP29, fazendo ligações diretas para capitais nacionais, em uma intervenção ao mais alto nível para desbloquear o impasse e, finalmente, fechar a Conferência.

Títulos derivativos da crise climática tem demanda de US$ 25 bi

O avanço da crise climática, que tem provocado mudanças e grandes tragédias, como as recentes enchentes no Rio Grande do Sul, aumentaram a demanda por derivativos. Conforme apuração da Bloomberg Línea, baseado no valor nacional, os títulos derivativos em aberto podem valer até US$ 25 bilhões.

O volume médio de negociação de produtos listados cresceu além de 260% no ano passado. No momento, o número de contratos em aberto já é maior que há um ano, em 48%, segundo dados do CME Group.

As estimativas do setor, de acordo com o veículo, são de que o segmento com negociação público represente ao menos 10% de toda a atividade.

“Há muito mais caminho para o nosso negócio agora”, disse Marty Malinow, fundador e CEO da consultoria Parameter Climate.

“A maior fragilidade decorrente de volatilidade climática direta, problemas na cadeia de suprimentos, inflação, geopolítica. Isso significa que o clima pode consumir uma parte maior do resultado final agora”, completou ele.

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