O núcleo do índice de preços de gastos com consumo (PCE) nos EUA, um dos indicadores mais importantes para as decisões de política monetária do Fed (Federal Reserve), registrou um aumento de 0,2% em junho em relação a maio e de 4,1% na comparação anual, de acordo com os dados divulgados nesta sexta-feira (28), pelo Departamento de Comércio americano.
Esses resultados ficaram praticamente em linha com as expectativas do mercado, uma vez que o consenso de analistas projetava alta mensal de 0,2% e de 4,2% na comparação anual.
O núcleo do PCE exclui as variações de preços de alimentos e energia, considerados mais voláteis. Incluindo esses preços, a inflação de consumo americana foi de 0,2% na base mensal e de 3,0% na anual em junho.
No mês de junho, os preços dos bens tiveram uma leve queda de 0,1%, enquanto os preços dos serviços subiram 0,3%. Em relação aos preços dos alimentos, a queda foi de 0,1%, já os preços da energia subiram 0,6% ante maio.
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Quanto à renda pessoal nos EUA, ela aumentou 0,3% no mês, o equivalente a US$ 69,5 bilhões. A renda pessoal disponível, que leva em consideração a renda pessoal menos os impostos correntes, também cresceu 0,3% em junho, somando US$ 67,5 bilhões. Em relação às despesas de consumo pessoal, elas aumentaram 0,5% em junho, representando US$ 100,4 bilhões.
Fed: alta dos juros já era esperada, dizem analistas
O Fed (Federal Reserve, Banco Central dos EUA) anunciou nesta quarta-feira (26) que elevou a taxa básica de juros nos EUA em 0,25 ponto percentual, para a faixa de 5,25% a 5,50%. Na última reunião, ocorrida em junho, a instituição monetária havia mantido os juros em 5% e 5,25%. Em comunicado que acompanha a decisão, o órgão monetário escreveu que a inflação norte-americana permanece elevada, deixando em aberto a possibilidade para mais uma alta nos juros. “O Fomc vai continuar avaliando informações adicionais e suas implicações para a política monetária”, afirmou o texto.
