Mundo

Petróleo pode subir até 75% com guerra, diz Banco Mundial

Na pior das hipóteses, o valor do barril pode alcançar uma máxima histórica de US$ 150

A possibilidade de um agravamento da guerra entre Israel e Hamas pode levar a um aumento de até 75% no preço do barril de petróleo, de acordo com estimativas divulgadas nesta segunda-feira (30) pelo Banco Mundial.

A instituição financeira traçou três possíveis cenários sobre os desdobramentos do conflito. Na pior das hipóteses, o valor do barril pode alcançar uma máxima histórica de US$ 150 caso a guerra se transforme em um conflito de proporções ainda maiores nos próximos meses e se alastre pelo Oriente Médio.

Esse cenário de “grande perturbação”, diz o Banco Mundial, seria comparável aos efeitos do embargo petrolífero árabe realizado há 50 anos, em 1973, ano da Guerra do Yom Kippur.

Nesse caso, poderia haver uma redução do fornecimento global de petróleo entre 6 milhões e 8 milhões de barris por dia, o que elevaria os preços para algo entre US$ 140 e US$ 157 o barril, uma alta de 75%.

“Os preços mais elevados do petróleo, se forem sustentados, significam, inevitavelmente, preços mais elevados dos alimentos”, afirma Ayhan Kose, economista-chefe adjunto do Banco Mundial. “Se um grave choque nos preços do petróleo se materializar, isso elevaria a inflação dos preços dos alimentos, que já vem subindo em muitos países em desenvolvimento.”

Outros cenários

Ainda de acordo com o Banco Mundial, um cenário um pouco menos caótico, de “perturbação média” no Oriente Médio – algo semelhante à guerra no Iraque, em 2003 – levaria a uma queda no fornecimento global de petróleo entre 3 milhões e 5 milhões de barris por dia, empurrando os preços para algo entre US$ 109 e US$ 121 o barril.

Já um cenário de “pequena perturbação”, comparável à guerra civil na Líbia, em 2011, reduziria o fornecimento em 500 mil e 2 milhões de barris por dia, levando os preços a uma faixa entre US$ 93 e US$ 102.

Segundo o Banco Mundial, o preço do barril de petróleo, no quarto trimestre de 2023, deve bater em US$ 90, para depois recuar para US$ 81, em média. De acordo com o banco, o aumento foi de cerca de 6% desde o início da guerra entre Israel e o Hamas.

Às 14h50 (horário de Brasília), desta segunda-feira (30), a cotação para janeiro de 2024 do barril do petróleo Brent, referência internacional, recuava 3,16%, cotado a US$ 86,37. Já o barril WTI, para dezembro registrava queda de 3,66%, a US$ 82,45.

Acesse a versão completa
Sair da versão mobile