A economia da zona do euro estabilizou-se no último trimestre de 2023, evitando a recessão prevista, apesar da fragilidade de seu principal membro e antigo propulsor de crescimento, a Alemanha.
Os dados preliminares da agência de estatísticas da União Europeia, Eurostat, indicam que o Produto Interno Bruto (PIB), que monitora a atividade econômica no bloco, permaneceu inalterado entre outubro e dezembro em comparação com o trimestre anterior.
Algumas projeções econômicas sugeriam uma contração de 0,1%. Se o PIB tivesse diminuído nesse patamar, a economia teria atendido aos critérios de recessão técnica, após uma contração de 0,1% no terceiro trimestre de 2023. Em relação ao último trimestre de 2022, houve um aumento de 0,1%, em linha com as expectativas.
A Alemanha, sendo a maior economia da Europa e historicamente um motor econômico do bloco, influenciou negativamente a taxa global, registrando uma contração de 0,3%, a maior entre todas as economias, exceto a Irlanda, que caiu 0,7%.
Entre os outros grandes países da zona do euro, o PIB permaneceu estável na França, enquanto cresceu 0,2% na Itália, 0,4% na Bélgica e 0,6% na Espanha.
Prevê-se que a economia do bloco se recupere gradualmente no novo ano, em meio à desaceleração da inflação e às expectativas de redução das taxas de juros pelo Banco Central Europeu (BCE).
Os mercados estão precificando um possível corte nas taxas em abril, embora a presidente do BCE, Christine Lagarde, tenha deixado claro na reunião de política monetária da semana passada que seria prematuro para os decisores políticos discutirem tal medida.
Nas projeções macroeconômicas de dezembro, o banco antecipou um crescimento de 0,8% para o bloco em 2024.