O PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA surpreendeu economistas ao crescer 2,9% no quarto trimestre de 2022, de acordo com uma prévia divulgada pelo Departamento de Comércio. O resultado foi impulsionado pelo forte crescimento do setor de serviços e pela recuperação dos investimentos das empresas.
O crescimento do PIB no último trimestre foi o maior desde o início da série histórica, em 1947. O resultado superou as expectativas dos economistas, que previam um crescimento de 2,5%.
A recuperação econômica dos EUA tem sido impulsionada pelo sucesso na vacinação contra a COVID-19 e pelas medidas de estímulo fiscal e monetário adotadas pelo governo. A reabertura gradual da economia também contribuiu para o aumento do consumo e dos investimentos das empresas.
No entanto, ainda há desafios a serem enfrentados, como o desemprego elevado e a incerteza causada pela pandemia. Além disso, os riscos de inflação também são um fator a ser observado de perto pelo Banco Central dos EUA.
Apesar das incertezas, os economistas esperam que o crescimento econômico dos EUA continue a ser robusto nos próximos trimestres. No entanto, é importante que as autoridades monetárias e fiscais continuem monitorando de perto a situação econômica para garantir a estabilidade e a sustentabilidade do crescimento.
Essa foi a primeira leitura prévia do indicador. A segunda estimativa para período, com base em dados mais completos, será divulgada em 23 de fevereiro. Já a terceira e última leitura está prevista para março.
Conselheiro do Fed alerta para otimismo exagerado do mercado
Membro do conselho do Fed (Federal Reserve, o Banco Central norte-americano), o diretor Christopher Waller disse nesta semana que a visão da entidade monetária sobre a redução da inflação nos EUA parece menos otimista que a dos mercados no momento. Para o dirigente, os preços irão baixar lentamente.
De acordo com Waller, os dirigentes do Fed defendem que as condições financeiras devem continuar apertadas ao longo de 2023, contrariando a previsão atual dos mercados de cortes de juros ao fim do ano.
O conselheiro do Fed prevê mais 0,75 ponto porcentual em altas de juros adicionais até que a entidade alcance a chamada taxa terminal, que seria de 5,25%.