O PMI industrial dos Estados Unidos registrou uma queda considerável, descendo de 49,4 em novembro para 47,9 em dezembro, marcando seu ponto mais baixo desde agosto, de acordo com dados da S&P Global. Esses números também ficaram abaixo da estimativa anterior de 48,2.
O declínio significativo nas novas encomendas foi o principal fator dessa retração. Várias empresas citaram na pesquisa uma demanda enfraquecida dos clientes, resultado de um menor poder de compra e de incertezas na economia global.
Chris Williamson, economista-chefe de negócios da S&P Global Market Intelligence, descreveu o final do ano para os fabricantes americanos como “desanimador”.
“A desaceleração está se espalhando para o mercado de trabalho. As folhas de pagamento foram cortadas pelo terceiro mês consecutivo, à medida que um número crescente de empresas ficaram preocupadas com o excesso de capacidade operacional”, afirmou em nota.
Além disso, as encomendas de exportação para o exterior também caíram, voltando a indicar contração, embora o ritmo desse declínio tenha sido moderado.
“Dadas as tendências atuais da carteira de encomendas, o quadro geral da pesquisa é de que a oferta excede a procura de muitos bens, o que aponta para riscos descendentes para a produção, o emprego e os preços, à medida que avançamos para 2024. É necessário monitorar potenciais perturbações na cadeia de abastecimento”, completou.
A desaceleração das novas encomendas e o enfraquecimento da demanda externa refletem a cautela dos consumidores e a incerteza global. A baixa atividade industrial nos EUA sugere um cenário desafiador para o setor, indicando possíveis impactos na produção e emprego, exigindo respostas assertivas para estimular a recuperação e fortalecer a economia.
PIB dos EUA sobe 4,9% no 3T23, abaixo do previsto
O Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA apresentou um crescimento de 4,9% no terceiro trimestre de 2023 (3T23) em comparação com o trimestre anterior, conforme dados finais divulgados nesta quinta-feira (21) pelo Departamento de Comércio do país. O resultado ficou abaixo das expectativas dos analistas, visto que o consenso Refinitiv projetava um aumento de 5,2%.
Na primeira estimativa, o dado indicava uma expansão de 4,9% em relação ao segundo trimestre do ano. Contudo, a estimativa foi revisada para 5,2% na segunda prévia, divulgada há um mês.
O PIB dos EUA apresentou um crescimento de 2,0% no primeiro trimestre e de 2,1% no segundo.
A atualização dos dados foi influenciada principalmente por uma revisão para baixo nos gastos dos consumidores durante o período. Além disso, as importações, que são deduzidas no cálculo do PIB, também foram revisadas para baixo.
O PIB em dólares correntes registrou um crescimento anual de 8,3%, equivalente a US$ 547,1 bilhões, no terceiro trimestre, atingindo um total de US$ 27,61 trilhões. Essa cifra representa uma revisão para baixo de US$ 34,3 bilhões em comparação com a estimativa anterior.