Os economistas Ben S. Bernanke (ex-presidente do Federal Reserve, banco central dos EUA), Douglas W. Diamond e Phlip H. Dybvig receberam o Prêmio Nobel de Economia de 2022. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (10) pela Academia Real das Ciências da Suécia.
Bernanke, Diamond e Dybvig foram responsáveis por criarem teorias que ajudaram a entender o impacto da falência de bancos no mercado financeiro internacional, que antecedeu crises como a de 2008.
A instituição responsável por divulgar o prêmio falou sobre a “necessidade de criar regras e entender o mercado para reduzir chances de crises e prevenir que se transformem em uma depressão”.
Em entrevista coletiva, Tore Ellingsen, presidente do Comitê do Prêmio em Ciências Econômicas, afirmou que as ideias reconhecidas na premiação se mostraram importante nos tempos modernos (crise financeira de 2008), para “entender as causas da crise e durante aquele momento”.
Ben Bernanke tem 68 anos de idade e foi presidente do Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos) entre 2006 e 2014. Atualmente, Bernanke trabalha no The Brookings Institution, em Washington. O economista tem estudos sobre a Grande Depressão da década de 1930, que mostra os perigos das corridas bancárias, quando existe fuga de capital.
“Se começar um rumor de que pessoas vão tirar dinheiro do banco, isso gera um incentivo para que todos corram aos bancos para tirar seu dinheiro de lá. A transformação de maturidade é importante, mas também vulnerável”, disse Ellingsen, presidente do Comitê do Prêmio em Ciências Econômicas.
Já Douglas Diamond tem 68 anos e trabalha na Universidade de Chicago. Philip Dybvig, de 67 anos, é da Washington University em St. Louis, e, junto a Diamond, mostrou como as garantias do governo sobre os depósitos podem evitar crises financeiras.
A Academia Sueca de Ciências destacou que apesar de alguns estudos que receberam o Prêmio Nobel de Economia de 2022 terem quase 40 anos, eles “ainda são importantes” para entender as dinâmicas atuais do mercado e a importância dos bancos para a solidez da economia global.