O presidente do Irã, Ebrahim Raisi, morreu aos 63 anos na queda de um helicóptero que aconteceu neste domingo (19). A informação foi confirmada pelo Ministério das Relações Exteriores do Irã nesta segunda-feira (20).
O corpo do presidente iraniano foi oficialmente identificado nesta segunda-feira (20) pelas equipes de resgate que chegaram ao local do acidente.
Além de Raisi, a queda matou o chanceler do Irã, Hossein Amirabdollahian. A aeronave transportava, ainda, Malek Rahmati, governador da província iraniana do Azerbaijão Oriental; e Hojjatoleslam Al Hashem, líder religioso.
Até o momento, as mortes dos dois não foram confirmadas, no entanto, mais cedo, a imprensa oficial informou não haver sinal de sobreviventes no local da queda.
Segundo a imprensa oficial iraniana, o helicóptero caiu numa região montanhosa do Irã em razão das más condições climáticas durante um voo que trazia Raisi e outras autoridades do Azerbaijão.
Raisi, que foi eleito em 2021 e tinha mandato até 2025, era a segunda pessoa mais importante do Irã, atrás apenas do aiatolá Ali Khamanei, líder supremo do país e de quem o atual presidente era um protegido e possível sucessor
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Também nesta segunda-feira (20), o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, nomeou Mohammad Mokhber, então primeiro-vice-presidente, como o novo presidente interino do país.
Mokhber assumirá o comando do Irã até que uma comissão decida a data das novas eleições, que devem ocorrer dentro de um prazo de 50 dias.
Trajetória de Raisi
Raisi, um ultraconservador, foi eleito presidente em um único turno. As votações foram marcadas por uma abstenção recorde em eleições presidenciais e com a ausência de um opositor forte.
O então presidente nasceu em novembro de 1960 e é natural da cidade sagrada xiita de Mashhad, a segunda maior do país, localizada no nordeste iraniano.
Raisi fez carreira no Judiciário nos cargos de: procurador-geral entre 2014 e 2016, vice-chefe de Justiça de 2004 a 2014 e promotor e procurador adjunto de Teerã, a capital, nas décadas de 1980 e 1990.
