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Putin aumenta pena para soldado que desertar ou se render

Putin também irá punir quem não comparecer ao serviço militar

O presidente russo Vladimir Putin assinou no último sábado (24) um pacote de emendas ao código penal do serviço militar. Dentre elas, a punição com 5 a 10 anos de prisão para soldados que se renderem ao inimigo voluntariamente ou desertarem. O pacote também prevê a mesma pena para quem não comparecer ao serviço militar e 15 anos de prisão em caso de deserção durante lei marcial.

No mesmo sábado, a Rússia também anunciou a substituição do general do Exército Dmitry Bulgakov, dispensado de suas funções como vice-ministro da Defesa e substituído pelo general Mikhail Mizintsev.

Mizintsev, o novo homem de confiança de Vladimir Putin, já foi apelidado de “o açougueiro de Mariupol” pelos ataques destinados à cidade ucraniana e pelo comportamento brutal contra a população civil durante a ofensiva.

Putin anuncia mobilização militar parcial 

O presidente russo Vladimir Putin anunciou na última quarta-feira (21) uma mobilização militar parcial no país. Em um anúncio gravado exibido na televisão, Putin disse que o Ocidente “quer destruir nosso país” e que o mesmo tentou “transformar o povo da Ucrânia em bucha de canhão”. 

O presidente repetiu alegações anteriores em que ele culpou as nações ocidentais por iniciar uma guerra por procuração com a Rússia. Além disso, o presidente disse que “eventos de mobilização” começariam na quarta-feira (21), sem fornecer mais detalhes. 

Também disse que ordenou um aumento no financiamento para aumentar a produção de armas da Rússia, tendo comprometido (e perdido) uma grande quantidade de armamento durante o conflito, que começou no final do ano passado. 

Uma mobilização parcial pode significar que as empresas e os cidadãos russos tenham que contribuir mais para o esforço de guerra. Apesar de ter invadido a Ucrânia em fevereiro,  a Rússia ainda não declarou guerra ao país, ele chama sua invasão de “operação militar especial”.

O presidente russo confirmou que os reservistas militares seriam convocados para o serviço ativo, porém,  insistiu que um recrutamento mais amplo de homens russos em idade de combate não estava ocorrendo. 

“Reitero, estamos falando de mobilização parcial, ou seja, apenas os cidadãos que estão atualmente na reserva estarão sujeitos ao recrutamento e, sobretudo, aqueles que serviram nas Forças Armadas têm certa especialidade militar e experiência relevante. Os recrutas passarão obrigatoriamente por treinamento militar adicional com base na experiência da operação militar especial antes de partir para as unidades”, afirmou Putin.

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