Com ordens de Vladimir Putin, o Kremlin anunciou nesta quinta-feira (05) que a Rússia irá cessar-fogo na Ucrânia nos dias 6 e 7 de janeiro, quando é comemorado o Natal da Igreja Ortodoxa, principal instituição religiosa da Rússia, segundo informações da “AFP”.
Com isso, as tropas russas devem segurar as investidas por 36 horas a partir das 12h de 6 de janeiro.
“Em vista do chamado de Sua Santidade o patriarca Kirill, instruo o ministro russo da Defesa a introduzir um regime de cessar-fogo ao longo de toda linha de contato entre as partes na Ucrânia, a partir das 12h de 6 de janeiro deste ano até as 24h de 7 de janeiro”, disse Putin, segundo o comunicado divulgado pelo Kremlin.
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Na quarta-feira (04), o patriarca Kirill, da Igreja Ortodoxa da Rússia e próximo a Putin, pediu que os ataques tivessem uma trégua pelo menos na véspera do Natal ortodoxo, comemorado no sábado.
Antes do anúncio do Kremlin, o presidente russo disse que estaria disposto a dialogar com a Ucrânia, se Kiev aceitasse as “novas realidades territoriais”.
Em setembro do ano passado, Moscou reivindicou a anexação de quatro regiões que ocupa parcialmente na Ucrânia, assim como já havia feito com a península ucraniana da Crimeia em março de 2014.
Em meados de dezembro, as forças militares russas converteram em ruínas uma cidade do leste da Ucrânia, de acordo com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky. O exército do país atingido afirmou que houveram ataques com mísseis, projéteis e aviões em várias regiões do país.
O conflito começou em 24 de fevereiro de 2022, quando Moscou ordenou a invasão do território ucraniano.
Ucrânia rejeitou pedido de Putin
A Ucrânia rejeitou a oferta do presidente russo, dizendo que não vai haver trégua até que a Rússia retire suas forças invasoras de territórios ocupados, segundo a “Reuters”.
Mikhailo Podolyak, conselheiro presidencial ucraniano, tuitou em resposta à Rússia que o país “deve deixar os territórios ocupados — só então terá uma ‘trégua temporária’. Guarde a hipocrisia para si mesmo”.
Ele ainda disse que, ao contrário da Rússia, a Ucrânia não estava atacando território estrangeiro ou matando civis, apenas enfrentando “membros do Exército de ocupação em seu território”.
