O presidente da Rússia, Vladimir Putin, culpou os EUA pelo conflito mais recente entre Israel e grupos palestinos, deflagrado após os diversos ataques da associação terrorista Hamas no último sábado (07).
Nas primeiras declarações desde o início do conflito, o líder russo afirmou que a violência na Faixa de Gaza era “um exemplo claro” do fracasso da política dos EUA para o Oriente Médio e defendeu a ideia de que a ONU precisa trabalhar para a criação de um Estado palestino.
“Eles [os americanos] tentaram monopolizar o processo de paz, mas não se preocuparam em buscar compromissos aceitáveis para ambos os lados”, disse Putin.
Além disso, Putin também pediu que israelenses e palestinos “minimizem os danos à população civil” no conflito, que já deixou mais de 1,6 mil mortos desde o último final de semana.
Hamas diz que está aberto a discutir trégua com Israel
O grupo terrorista Hamas afirmou na última segunda-feira (9) que está aberto a discutir uma possível trégua com Israel, tendo “alcançado seus objetivos”.
Moussa Abu Marzouk, um alto funcionário do Hamas, disse à rede de notícias árabe “Al Jazeera” que a organização está aberta a “algo desse tipo” e a “todos os diálogos políticos”, após ter sido questionado se estariam dispostos a discutir uma possibilidade de um cessar-fogo.
A declaração de Marzouk foi feita depois do Hamas ter avisado que começaria a executar um refém civil a cada novo bombardeio israelense contra casas de civis em Gaza sem aviso prévio.
Israel declara guerra após ataque do Hamas
Israel tem sido alvo de bombardeios e invasões terrestres desde a manhã do último sábado (7). Por conta disso, as autoridades do país declararam guerra ao grupo islâmico Hamas, que reivindicou a autoria dos ataques.
No sábado, o comandante militar do Hamas, Mohammed Deif, considerou as ofensivas como o início de uma operação. “Este é o dia da maior batalha para acabar com a última ocupação”, afirmou.
Na manhã de sábado, imagens mostravam homens armados invadindo Israel a partir da Faixa de Gaza, além de bombardeios com foguetes.
Em pronunciamento à televisão estatal israelense, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu lançou a operação “Espadas de Ferro” e a convocação de reservistas do exército.
“Nós estamos em guerra. Vamos lutar com um poder que o inimigo ainda não conhece”, declarou o primeiro-ministro de Israel.