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“Rainha das criptomoedas” entra para lista dos 10 mais procurados do FBI

"Rainha das criptomoedas" entra para lista dos 10 mais procurados do FBI

Ruja Ignatova, búlgara-alemã que ficou conhecida como a “rainha das criptomoedas”, foi incluída na lista dos dez fugitivos mais procurados pelo FBI (Departamento Federal de Investigação dos EUA). Ela é acusada de fraudar milhões de investidores através da criptomoeda falsa OneCoin. A informação foi dada pelas autoridades norte-americanas na quinta-feira (30).

O FBI oferece uma recompensa de US$ 100 mil por informações que levem à prisão de Ignatova, informou o diretor-assistente da instituição, Michael Driscoll. “O dinheiro consegue comprar muitas amizades, imagino que ela esteja se aproveitando disso”, observou Driscoll. 

Além de Ignatova, o advogado corporativo Mark Scott também foi condenado por fraude, após um julgamento em um tribunal federal em Manhattan. Segundo os promotores, ele teria ajudado a lavar cerca de US$ 400 milhões para a OneCoin. 

A fugitiva de 42 anos fundou a criptomoeda fictícia em 2014 na Bulgária, afirmando que se tornaria a principal concorrente da Bitcoin, maior  criptomoeda do mundo. Segundo os investigadores, Ignatova administrava a OneCoin como um esquema de pirâmide financeira, gerando um prejuízo de cerca de US$ 4 bilhões. 

“Ela criou o esquema na época perfeita, ao conseguir capitalizar as especulações frenéticas dos primeiros dias das criptomoedas”, disse Damian Williams, promotor federal de Manhattan. 

A OneCoin prometia enormes compensações financeiras fícticias para seus clientes. O valor era regulado pela própria companhia, e não pela demanda de mercado.

“A OneCoin alegava ter seu próprio blockchain”, afirmou o agente especial do FBI, Ronald Shimko, se referindo ao sistema que faz o registro das transações virtuais. 

“Isso contrasta com as outras criptomoedas que são descentralizadas e utilizam blockchains públicos. Dessa forma, os investidores podiam apenas confiar na OneCoin”, completou Shimko. 

Ignatova foi indiciada em 2017 por uma Corte Distrital em Nova York, o que resultou em um mandado de prisão federal contra ela. Pouco depois, a “rainha das criptomoedas” desapareceu após ter grampeado o apartamento de um namorado norte-americano e descoberto que ele colaborava com o FBI nas investigações sobre a OneCoin.

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