As vendas no varejo do Reino Unido subiram 0,3% em julho ante junho, segundo divulgou o Escritório de Estatísticas Nacionais (ONS, na sigla em inglês) nesta sexta-feira (19).
O resultado da alta nas vendas do varejo no Reino Unido foi impulsionado, principalmente, pelo comércio online, mesmo com a intensificação da crise do custo de vida.
Economistas consultados pelo The Wall Street Journal esperavam que as vendas no varejo caíssem 0,2% em julho.
No varejo sem loja, que é predominantemente formado por varejistas online, as vendas aumentaram 4,8% no mês de julho, segundo o Dow Jones Newswires.
Inflação no Reino Unido bate recorde de 40 anos
A taxa de inflação do Reino Unido quebrou um recorde de 40 anos ao atingir 10,1% em ritmo anual em julho. O resultado foi estimulado em particular pelo aumento dos preços dos alimentos, anunciou o Escritório Nacional de Estatísticas (ONS). Especialistas ouvidos pelo Wall Street Journal previam avanço de 9,8%.
Em junho, a inflação do Reino Unido em ritmo anual foi de 9,4%. O aumento dos preços dos alimentos – 12,7% desde julho de 2021 – foi o maior contribuinte para a aceleração da inflação, informou o ONS.
Os aumentos de preços foram generalizados no mês passado, mas “os alimentos subiram em particular, especialmente produtos de padaria, laticínios, carne e legumes”, explicou Grant Fitzner, economista-chefe do ONS, no Twitter.
O índice divulgado ficou acima do previsto pela maioria dos economistas, e a inflação de alimentos está agora em seu nível mais alto em 14 anos.
As maiores contribuições de alta vieram de pães e cereais, e de leite, queijo e ovos, com destaque para os aumentos de preços do queijo cheddar e dos iogurtes.
Essa alta pode superar 13% já em outubro, quando estão previstos aumentos drásticos dos preços da energia, segundo as previsões do Banco da Inglaterra. O Reino Unido enfrenta uma crise do custo de vida, com salários que não acompanham a inflação.