A Rússia multou a Alphabet, empresa proprietária do Google (GOGL34), num valor total de US$ 373 milhões (R$ 2 bilhões) nesta segunda-feira (18). O país alega falhas na remoção de conteúdos considerados ilegais por Moscou, de acordo com a agência “Interfax”. A multa foi calculada como uma parcela do faturamento anual do Google na Rússia.
Não é o primeiro conflito da Rússia com a empresa norte-americana de tecnologia. No final de 2021, Moscou também multou o Google em 7,2 bilhões de rublos.
Nos primeiros meses deste ano, o governo de Vladimir Putin confiscou a conta bancária da unidade russa da companhia, impossibilitando o pagamento de funcionários, fazendo com que a empresa tomasse medidas para evitar uma declaração de falência.
No mês passado, o YouTube, também pertencente ao Alphabet, foi acusado pelo “Roskomnadzor”, órgão russo que regula os meios de comunicação, de espalhar informações falsas sobre a Guerra da Ucrânia e permitir conteúdo que promovesse “visões extremistas”.
“O site de hospedagem de vídeos YouTube promove deliberadamente a disseminação de informações enganosas sobre o progresso da operação militar especial na Ucrânia, desacreditando as forças armadas da Federação Russa”, afirmou o Roskomnadzor, órgão do governo da Rússia.
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O Google pode recorrer da decisão, mas ainda não comentou o caso.
Na última semana, Putin proibiu o uso de criptomoedas para pagamentos
O presidente russo, Vladimir Putin, assinou na última sexta-feira (15) uma lei que proíbe criptomoedas de serem usadas como meios de pagamentos no país. As informações foram divulgadas no portal de notícias do governo “RBC”.
“É proibido transferir ou aceitar ativos financeiros digitais como contraprestação por bens transferidos, obras executadas, serviços prestados, bem como de qualquer outra forma que permita assumir o pagamento de bens (obras e serviços) por um ativo financeiro digital, salvo disposição em contrário por leis federais ”, diz parte da lei.
Com a assinatura de Putin, as instituições financeiras que atuam na Rússia agora passam a ser obrigadas a recusar transações onde seja possível utilizar ativos digitais como “substituto monetário”. A medida do governo russo surgiu exatamente um mês depois do Parlamento da Rússia aprovar o projeto de lei que estabelecia as novas obrigações para as criptomoedas.
