
A Rússia prometeu apoiar a Venezuela diante do bloqueio naval anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A informação foi divulgada pelo ministro das Relações Exteriores venezuelano, Yván Gil Pinto, após conversa telefônica com o chanceler russo, Sergey Lavrov.
Segundo Gil Pinto, em publicação no Telegram, Lavrov reafirmou a solidariedade de Moscou ao povo venezuelano. Além disso, garantiu que a Rússia oferecerá cooperação e apoio contra as medidas impostas por Washington.
Ainda de acordo com o ministro venezuelano, Lavrov assegurou respaldo total às ações da Venezuela no Conselho de Segurança da ONU. Dessa forma, Moscou pretende atuar diplomaticamente contra o bloqueio anunciado pelos EUA.
Durante o diálogo, os dois chanceleres também analisaram o que classificaram como agressões e violações do direito internacional cometidas pelos Estados Unidos no Caribe.
Escalada de tensões no Caribe
A promessa de apoio ocorre em meio a uma escalada das tensões na região. Na última terça-feira (16), Trump afirmou que a Venezuela está cercada pela “maior armada já reunida na história da América do Sul”.
Além disso, o presidente americano anunciou um bloqueio total contra petroleiros venezuelanos sancionados. Segundo a Casa Branca, a operação faz parte de uma estratégia de combate ao narcotráfico.
Até agora, forças americanas já apreenderam dois petroleiros da Venezuela. No domingo (21), militares dos EUA também atuaram para interceptar uma terceira embarcação, ampliando a pressão naval.
Antes mesmo do anúncio mais recente, Lavrov já havia demonstrado preocupação. Em coletiva na semana passada, o chanceler disse estar “profundamente preocupado” com a atuação da Marinha dos EUA.
Além disso, Lavrov classificou o bloqueio como uma ação beligerante. Segundo ele, a escalada pode gerar impactos diretos não apenas na Venezuela, mas também no Ocidente.
Irã oferece apoio
Enquanto isso, a Venezuela também recebeu apoio do Irã. No sábado, o governo venezuelano informou que Teerã ofereceu assistência para combater o que chamou de “pirataria dos EUA”.
Em nota oficial, o Ministério das Relações Exteriores iraniano afirmou que a comunidade internacional deve reagir a ações consideradas ilegais e unilaterais. Assim, o país reforçou o discurso contra o bloqueio imposto por Washington.