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Israel X Hamas: saiba quais são os ativos de maior proteção

Os investidores acompanham, em clima de tensão, como os desdobramentos podem reverberar no mercado financeiro para saber como agir.

A troca de ofensivas entre Israel e Hamas, que já ocorre há mais de 70 anos, se intensificou no último sábado (7) e desde então tem roubado o holofote do radar corporativo global, além da preocupação na esfera social. Os investidores acompanham, em clima de tensão, como os desdobramentos podem reverberar no mercado financeiro para saber como agir.

Isso porque cada movimento deve ser pensado com cautela neste sensível cenário. O economista e membro do Conselho Regional de Economia da Bahia, Edval Landulfo, explicou em entrevista à BP Money que o momento é de observação. ”Infelizmente não depende dos investidores e sim como essa questão geopolítica vai se mostrar por esses dias”, explica o profissional.

Ainda assim, Landulfo aponta que, em momentos como esse, é comum que ações e títulos de grandes petrolíferas podem seguir a tendência de alta do petróleo. “A curto prazo, essas ações têm essa tendência de se movimentar para cima”, analisa.

Além disso, o economista destaca as commodities como um ponto de refúgio para os investidores em cenário de instabilidade. “Se o conflito ficar mais apertado, aí teremos problemas, tanto com a busca por um mercado mais seguro, a procura por ouro e outros metais, inclusive, no aumento substancial do preço do petróleo bruto, que até o momento subiu 3%, mas é algo aceitável devido ao conflito”, avaliou.

O profissional completa a análise ressaltando a busca dos investidores pelo dólar, por ser a moeda mais segura do mercado. Além de destacar os títulos norte-americanos.

De quais papéis o investidor deve fugir?

O conselheiro de economia avalia que é preciso cautela no mercado acionário doméstico e chama atenção para os papéis e companhias aéreas, que em um cenário futuro, podem ser impactados negativamente com a tensão no Oriente Médio que deve ocasionar maiores aumentos no petróleo.  

“Talvez não seja necessário se desfazer de alguns papéis, mas por exemplo, os papéis em companhias aéreas, com o aumento do petróleo, há uma tendência de que esse combustível encareça e afete o negócio aéreo. Mas será que é o momento de se desfazer desses papéis?”, questiona o profissional, reforçando o tom de atenção.

“Essa análise vai ser muito técnica para cada agente envolvido. Não é fácil e até quem já está acostumado com a volatilidade deve se atentar. Acompanhar e ver a movimentação como em um xadrez, qualquer mudança é um movimento muito cauteloso, pensando um pouco mais a frente. Porque o movimento brusco agora pode comprometer muito as ações, títulos e rentabilidade dos papéis que já têm em mãos”, pondera.

O conflito vai durar?

O economista geopolítico Fábio Nogueira ressalta que essa tensão tem raízes em uma história longa e intrincada de conflitos, que já se estende a mais de sete décadas e justamente por apresentar complexidades, não aparenta ser encerrada tão brevemente.

“Se levarmos em consideração os dados históricos, foram 1.900 anos que o povo Judeu ficou sem território. Ao criar o Estado de Israel podemos conjecturar que todos os outros povos da região se sentiram explopriados de sua própria terra. Então, pelos fatores econômicos e históricos a estabilidade a longo prazo pode ocorrer, mas a perspectiva de paz não, uma vez que o sentimento de pertencimento dos outros povos sempre irão existir”, avalia Nogueira.

Landulfo completa a análise: “A tendência é que se não tiver o envolvimento dos países do Ocidente para evitar um conflito maior, principalmente com esses países do Oriente Médio, a situação pode se agravar e muito”.

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