Pressão crescente

Sete países da UE pedem que Venezuela publique atas de votação

Os países expressaram "forte preocupação" com a situação na Venezuela

Foto: Rede Social Nicola Maduro
Foto: Rede Social Nicola Maduro

Neste sábado (4), os governos de Alemanha, Espanha, França, Itália, Holanda, Polônia e Portugal solicitaram às autoridades venezuelanas que “publiquem rapidamente todos os registros” da eleição presidencial, com o objetivo de “garantir total transparência” no processo. 

Em uma declaração divulgada pelo governo italiano, esses sete países da União Europeia expressaram “forte preocupação” com a situação na Venezuela, onde a oposição alega fraudes nas eleições que, de acordo com o Conselho Nacional Eleitoral venezuelano (CNE), resultaram em um terceiro mandato para o presidente Nicolás Maduro. 

O comunicado dos países europeus reflete um tom semelhante ao de uma declaração conjunta de Brasil, Colômbia e México publicada na quinta-feira (1º), que também solicita que as autoridades venezuelanas “prossigam de forma rápida e divulguem publicamente os dados desagregados por mesa de votação”.

González tem reconhecimento internacional como presidente da Venezuela

Por outro lado, pelo menos cinco países da América Latina, além dos Estados Unidos, já reconhecem publicamente Edmundo González Urrutia como o presidente eleito da Venezuela. O Peru foi o primeiro a reconhecer a vitória do opositor na terça-feira (30), seguido por EUA, Uruguai, Equador, Costa Rica e Panamá. 

A Argentina inicialmente declarou González como o legítimo presidente eleito, mas recuou algumas horas depois. Entre os países que reconheceram a reeleição de Nicolás Maduro estão Cuba, Nicarágua, Honduras, Rússia e China. 

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela anunciou a reeleição de Maduro após a votação de domingo (28), afirmando que ele recebeu 52% dos votos contra 43% de González, com 97% das urnas apuradas. 

No entanto, Caracas não apresentou as atas eleitorais que comprovassem esses números, apesar da pressão internacional. 

O regime venezuelano alegou ter sido alvo de um ataque hacker que dificultou a apresentação dos resultados detalhados por zona eleitoral e mesa de votação, com Maduro sugerindo que o bilionário Elon Musk, dono da rede social X, estaria por trás da ação.