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Super Quarta: o que esperar da última decisão do ano do Copom e Fed? 

Há previsões de que o Fed manterá a taxa de juros entre 5,25% e 5,5%

Acontece nesta quarta-feira (13) a última “Super Quarta” do ano, o evento que aumenta a pressão nos bastidores dos investimentos, com os olhares voltados à decisão da taxa de juros nos EUA e também no cenário domestico.

O termo, de origem local, reflete a coincidência das agendas decisivas do Federal Reserve (FED) e do Comitê de Política Monetária (CBC) do Banco Central Brasileiro, apontando para possíveis movimentos e impactos nos mercados financeiros em resposta a essas decisões.

À tarde, o Federal Reserve dos Estados Unidos anunciará sua decisão sobre a política monetária, seguido por uma coletiva de imprensa com o presidente do Fed, Jerome Powell.

Há previsões de que o Fed manterá a taxa de juros entre 5,25% e 5,5%. Os investidores estarão especialmente atentos às declarações de Powell, em busca de sinais ou pistas sobre futuras mudanças nas taxas de juros.

No cenário nacional, há uma expectativa entre os investidores de uma nova redução na taxa Selic, prevendo-se uma diminuição adicional de 50 pontos-base, alcançando 11,75%. A precificação dos ativos já reflete em grande parte essas expectativas, tornando crucial a atenção aos detalhes das declarações e ao sentimento do mercado após as decisões serem anunciadas.

Em relação ao FOMC, o grande destaque estará na postura e nas palavras de Jerome Powell durante o tradicional momento de perguntas e respostas após a divulgação da decisão. Em sua última aparição, houve uma tentativa, não tão bem-sucedida, de conter o ritmo do mercado. Powell adotou um discurso mais incisivo, enfatizando a necessidade de esforços adicionais para controlar a inércia inflacionária. 

Os diretores do FED parecem acreditar que a economia ainda não apresentou sinais claros de desaceleração para 2024, o que significa que as medidas tomadas até agora podem não ser suficientes para provocar uma mudança na política monetária. Essa percepção se fortaleceu um pouco mais após o índice S&P 500 se aproximar das máximas dos últimos 12 meses, um sinal que pode indicar um relaxamento da pressão monetária.

Já no Brasil, a expectativa é de que o discurso continue focado no controle da inflação, juntamente com ligeiras mudanças nas projeções para o crescimento e a inflação no próximo ano. Ambos os aspectos devem continuar favorecendo a política monetária mais flexível, criando um espaço um pouco maior para a recuperação dos ativos de risco brasileiros.