O governo da Argentina anunciou, nesta quarta-feira (17), reajustes em itens subsidiados no país, conhecido localmente como “tarifazo”. Os cortes começarão a ser aplicados, de forma gradual, dentro dos próximos meses.
As tarifas de água, eletricidade e gás serão afetadas. O movimento já era esperado, ele faz parte do contexto das negociações do país com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
A Argentina possui, atualmente, 4,5 milhões de lares beneficiados pelos subsídios para eletricidade e 3,5 milhões no programa para o gás, segundo Flávia Royón, secretária da Energia da Argentina, que fez o anúncio sobre os reajustes.
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“Este plano de atualização de tarifas é muito importante em termos fiscais, mas é também um plano de distribuição de subsídios muito mais justo”, afirma Royón.
A alta, que chegará a até 150%, coloca pressão no novo ministro da Economia, Sérgio Massa, que enfrenta uma inflação de 70% na comparação anual com a projeção de atingir o patamar de 90% até o fim deste ano.
Subsídios
Em concordância com o discurso de Royón, Malena Galmarini, presidente da AySA, companhia responsável pelo fornecimento de água, afirma que não há um “aumento de tarifa, mas a redistribuição de subsídios”.
Com as mudanças, apenas parte dos lares da Argentina continuaram a receber seus benefícios, já que isso dependerá da renda de cada família. A retirada dos subsídios seria essencial para a redução do déficit primário, parte do acordo com o FMI.
