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Tesla (TSLA34): funcionários negros processam companhia por injúria racial

Tesla (TSLA34): funcionários negros processam companhia por injúria racial

Divulgação/Tesla

A Tesla está sendo alvo de um processo de injúria racial, de acordo com informações divulgadas pelo “Insider”. Quinze funcionários ou ex-trabalhadores negros entraram com uma ação contra a montadora de carros elétricos, alegando terem sofrido discriminação racial e assédio nas unidades produtoras da empresa. 

O processo foi aberto em um tribunal estadual na Califórnia e os funcionários afirmaram terem sido regularmente submetidos a comentários e comportamentos racistas de colegas, gerentes e trabalhadores do setor de recursos humanos da companhia. 

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No processo, eles alegam que as unidades da Tesla têm “sistematicamente se tornado um ambiente de trabalho racialmente hostil”. O assédio ocorreu principalmente na fábrica da Tesla em Fremont, onde os funcionários alegam terem sido chamados de “nigger” (termo altamente pejorativo nos EUA, utilizado para se referir à pessoas negras), “escravo”, além de comentários de cunho sexual.  

Os quinze atuais e ex-funcionários que estão processando a companhia acusam a Tesla de ignorar trabalhadores negros quando haviam promoções, permitir o uso de insultos raciais e não remover pichações racistas nos banheiros, como suásticas e a sigla “KKK”.

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A Tesla também enfrenta outro processo, aberto em fevereiro pelo Department of Fair Employment and Housing (DFEH), que, a partir de uma investigação realizada durante três anos na fábrica em Fremont, encontrou indícios de que trata-se de um “local de trabalho racialmente segregado”. 

Outros casos de assédio na Tesla

De acordo com dados divulgados pelo “Insider” em março, 46 processos acusando a Tesla de assédio sexual e racial na fábrica de Freemont haviam sido arquivados nos últimos cinco anos.

Em outubro do ano passado, um ex-ascensorista da unidade de Fremont ganhou um caso de assédio racial contra a companhia de Elon Musk. O júri estabeleceu que o funcionário Owen Diaz deveria receber US$ 137 milhões de indenização por danos, mas o pagamento foi reduzido posteriormente para US$ 15 milhões. O novo valor foi recusado por Diaz e o processo segue aberto no tribunal.

Já em fevereiro deste ano, uma funcionária negra e gay que trabalhava na montadora da Tesla entrou com uma ação contra a empresa afirmando ter sido continuamente assediada por um colega de trabalho. Ela alegou que a área de Recursos Humanos da companhia estava ciente dos ocorridos, pois ela denunciou o caso diversas vezes, mas nada foi feito. 

Anteriormente, a Tesla negou irregularidades na unidade de Fremont e afirmou que possui políticas em vigor para prevenir e lidar com a má conduta no local de trabalho.

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