
O presidente dos EUA, Donald Trump, informou em uma entrevista concedida nesta sexta-feira (25) que recebeu uma ligação do presidente chinês, Xi Jinping. O republicano afirmou que a Casa Branca está em contato com Pequim para fechar um acordo tarifário.
O mandatário norte-americano não entrou em detalhes sobre as circunstâncias das ligações. “Ele telefonou. E não acho que isso seja um sinal de fraqueza da parte dele”, disse Trump a um jornalista. O presidente reforçou que todos querem fazer acordos e se colocou como dono da “loja dos EUA”.
Para ele, os EUA estariam numa posição confortável se mantivessem as tarifas de 50% sobre produtos estrangeiros daqui a um ano. O Ministério das Relações Exteriores da China não respondeu imediatamente a pedidos de comentário da declaração de Trump.
China nega diálogos na véspera
No dia anterior ao anúncio em Washington, a gigante asiática havia pedido que o representante americano parasse de “enganar o público” quanto à negociação das tarifas. Trump acrescentou que planeja encerrar as discussões sobre acordos em três ou quatro semanas.
O presidente dos EUA revelou que há números de conciliação na mesa, mas a negociação do lado estadunidense ainda não está satisfeita. “Não podemos deixar que eles ganhem um trilhão de dólares sobre o país”, alarmou Trump.
Na quinta-feira (24) o governo chinês havia negado que existem negociações comerciais em curso: “Como departamento competente na área de relações econômicas e comerciais com o exterior, gostaria de destacar que atualmente não há negociações econômicas, nem comerciais, entre a China e os EUA”, declarou o porta-voz do Ministério do Comércio chinês, He Yadong.
O porta-voz do ministério chinês afirmou que “qualquer declaração sobre o progresso das negociações econômicas e comerciais entre China e EUA carece de fundamento e base factual”.
Trump também expôs planos de acordo com outros líderes mundiais, envolvendo Vladimir Putin e a guerra Rússia e Ucrânia, assim como participação no Oriente Médio, como Irã e Arábia Saudita.