O bilionário Bill Ackman voltou a movimentar Wall Street. Conhecido por grandes apostas no mercado financeiro, o gestor da Pershing Square adquiriu uma fatia de 20% na Hertz Global Holdings, sinalizando confiança em um possível turnaround da locadora de veículos, que passou por momentos críticos desde a pandemia.
A revelação da participação veio acompanhada de uma resposta imediata do mercado: as ações da Hertz dispararam cerca de 10% após o anúncio. Para investidores, a entrada de Ackman não é apenas simbólica — ela costuma vir com uma proposta concreta de mudança e reestruturação.
Bill Ackman aposta na recuperação da Hertz
Segundo informações divulgadas pelo Brazil Journal, Ackman comprou ações diretamente da empresa por meio de uma colocação privada de US$ 500 milhões. A operação adiciona mais fôlego ao caixa da Hertz, ao mesmo tempo em que aumenta a pressão para que a gestão atual apresente resultados mais consistentes após uma sequência de trimestres desafiadores.
A Hertz, que entrou com pedido de recuperação judicial durante a pandemia, ainda tenta encontrar um caminho sustentável para sua operação. Mesmo com reestruturações, aquisições pontuais e renovação de frota, os resultados financeiros seguem abaixo das expectativas.
A entrada de Ackman reacende o debate sobre o potencial da empresa em um setor em transformação. Com a crescente demanda por veículos sob demanda e mudanças no perfil de consumo pós-pandemia, a Hertz pode estar diante de uma nova janela de oportunidade — ou de mais um teste de sobrevivência.
A presença de um investidor de perfil ativista como Ackman costuma agitar conselhos e acelerar decisões. Para o mercado, o recado está dado: a aposta é alta, e o tempo para entregar resultados, curto.