
Após a saída do bloco em 2020, o Reino Unido fechou um de seus maiores acordos de cooperação coma UE (União Europeia) nesta segunda-feira (19). A parceria estratégica procura cobrir áreas como defesa, comercio internacional e competitividade no exterior.
A medida vem como uma reposta aos ataques protecionistas que o presidente dos EUA, Donald Trump, estabeleceu com os países para reduzir o déficit comercial de seu país. Segundo especialistas ouvidos pela Reuters, a conjuntura fez os grupos europeus deixarem de lado seu “divorcio amargo”.
No centro da redefinição está um pacto de defesa e segurança que permitirá que o Reino Unido faça parte de qualquer aquisição conjunta e abrirá caminho para que empresas britânicas, como BAE, Rolls-Royce e Babcock, participem de um programa de 150 bilhões de euros (US$167 bilhões) para rearmar a Europa.
Acordo de Defesa e Segurança
No setor de segurança, o ponto alto das tratativas é um acordo que deve permitir ao Reino Unido se juntar a missões militares da UE e o potencial de Londres aproveitar totalmente um fundo de defesa de 150 bilhões de euros (R$ 957 bilhões no câmbio atual) que está sendo criado pelo bloco. As informações são do portal O Globo,
A medida também estava prevista nos planos do primeiro-ministro britânico Keir Starmer na missão de redefinir as relações da nação com os 27 países que compõe o bloco.
“Estamos concluindo uma nova parceria estratégica adequada aos nossos tempos, que trará benefícios reais e tangíveis em termos de segurança, imigração irregular, preços de energia, agroalimentar, comércio e outras áreas, reduzindo contas, criando empregos e protegendo nossas fronteiras”. declarou.
UE intensifica críticas a Putin e prepara novas sanções
Durante a cúpula europeia sobre segurança realizada nesta sexta-feira (16) na Albânia, líderes da União Europeia elevaram o tom contra o presidente russo, Vladimir Putin, e anunciaram a preparação de novas sanções econômicas.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, criticou duramente a ausência de Putin nas negociações de paz na Turquia, interpretando o gesto como uma demonstração de que o líder russo “não quer a paz”.
“Vamos aumentar a pressão até que Putin esteja pronto para negociar”, afirmou Von der Leyen. Segundo ela, o novo pacote de sanções terá como alvo a frota paralela de navios cargueiros antigos usada pela Rússia para burlar restrições internacionais, além de impor novas medidas contra o consórcio do gasoduto Nord Stream.