A UE (União Europeia) afirmou que está trabalhando para fechar um acordo comercial com os Estados Unidos até o fim deste mês. O movimento ocorre após o presidente norte-americano, Donald Trump, prometer divulgar novos avisos de tarifas sobre países não identificados nesta quarta-feira (9).
Trump adicionou um novo capítulo à sua guerra comercial ao afirmar, na terça-feira (8), que imporá uma tarifa de 50% sobre o cobre importado e, em breve, introduzirá taxas sobre semicondutores e produtos farmacêuticos.
O presidente declarou ainda que “um mínimo de sete” avisos tarifários seriam divulgados nesta manhã, com outros previstos para o período da tarde. Ele não forneceu mais detalhes na publicação feita em sua rede, a Truth Social.
A nova ameaça veio um dia após Trump pressionar 14 parceiros comerciais — incluindo Coreia do Sul e Japão — com cartas tarifárias tratando de taxas de 25% ou mais, que entrarão em vigor a partir de 1º de agosto.
Segundo o republicano, as negociações comerciais com a China e a União Europeia — atualmente o maior parceiro comercial bilateral dos EUA — estão avançando bem.
Em sua publicação, Trump afirmou que “provavelmente” informará à UE, com dois dias de antecedência, qual será a tarifa esperada para suas exportações, acrescentando que o bloco europeu tem se mostrado bastante cooperativo, como apontou o InfoMoney.
Tarifaço: Trump impõe tarifas de até 40% a 14 países
O Tarifaço reacende o conflito comercial global. O presidente dos Estados Unidos anunciou tarifas entre 25% e 40% a 14 países. A medida entra em vigor em 1º de agosto e mira países que, segundo Trump, impõem barreiras injustas ao comércio com os EUA.
Trump enviou cartas oficiais para governos de países como Japão, Coreia do Sul, Tailândia e África do Sul, confirmando as novas taxas. Os valores variam de acordo com o país:
- Japão, Coreia do Sul, Tunísia, Malásia, Cazaquistão: 25%
- Bósnia e Herzegovina, África do Sul: 30%
- Bangladesh: 35%
- Indonésia, Camboja, Tailândia: entre 32% e 36%
- Laos e Mianmar: 40%
Ao mesmo tempo, a Casa Branca estendeu o prazo das retaliações de 9 de julho para 1º de agosto, abrindo espaço para negociações. Portanto, os países ainda podem evitar as tarifas, desde que apresentem propostas concretas.