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Zelensky: “este é o momento que a guerra pode ser interrompida”

Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, fez discurso na cúpula do G20, que acontece em Bali, na Indonésia

Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, disse na cúpula do G20, que acontece nesta terça-feira (15), em Bali, na Indonésia, que a guerra pode estar perto do fim. “Estou convencido que agora é o momento em que a guerra pode e deve ser interrompida”, afirmou ele em vídeo na reunião.

O Grupo dos 20 reúne ministros da Economia e presidentes de Bancos Centrais de 19 países e da União Europeia. Juntas, as nações participantes somam cerca de 80% da economia mundial. O Brasil faz parte do G20, mas o presidente Jair Bolsonaro (PL) não está presente. O País é representado pelo chanceler Carlos França.

Zelensky acredita que o recuo das tropas russas em Kherson é uma oportunidade para pressionar Vladimir Putin, presidente da Rússia, e chegar a um acordo de paz. “Nós não vamos permitir que a Rússia recomponha suas forças”, disse o presidente.

Kherson é considerada uma região importante na estratégia russa. Com o domínio da cidade, a Rússia tinha acesso terrestre à península da Crimeia – que Moscou queria usar para chegar ao ocidente do território da Ucrânia e isolar a saída do país para o Mar Negro. Em setembro, no entanto, tropas ucranianas miraram a retomada de diversas regiões, com foco na região de Kherson, o que fez com que o exército russo batesse em retirada. 

“Por favor, escolham o caminho da liderança – e juntos vamos implementar a fórmula da paz”, disse Zelensky aos líderes do G20, que reúne as 20 maiores economias do globo. 

O plano de paz de Zelensky pede a retirada de todas as tropas russas de territórios Ucrânios e que o país mantenha, portanto, suas extensões. Ainda, pede a libertação de todos os prisioneiros ucranianos.

Os Estados Unidos já disse que espera que o G20 condene a guerra e o impacto provocado por ela na economia global. 

Putin não está presente na cúpula e está sendo representado pelo ministro das Relações Exteriores Sergei Lavrov.

Na contramão de Zelensky, o ministro ucraniano das Relações Exteriores, Dmitro Kuleba, afirmou no último sábado (12), que “a guerra continua”. “Mas a guerra continua. Entendo que todos querem que essa guerra termine o mais rápido possível. Definitivamente, somos nós que queremos isso mais do que ninguém”, disse.

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