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Zona do Euro: inflação em agosto acelera para 9,1%

Na Zona do Euro, as taxas anuais mais elevadas foram registadas na Estonia (25,2%), Letonia (21,4%) e Lituânia (21,1%)

A taxa anual de inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da Zona do Euro atingiu 9,1% em agosto, acima dos 8,9% em julho. No mesmo período em 2021, a taxa estava em 3,0%. A inflação anual da União Europeia foi de 10,1% em agosto, também acima dos 9,8% em julho, segundo o Eurostat, o serviço de estatística da UE.

Na Zona do Euro, as taxas anuais mais elevadas foram registadas na Estonia (25,2%), Letonia (21,4%) e Lituânia (21,1%). Já as menores foram observadas na França (6,6%), Malta (7,0%) e Finlândia (7,9%).

Em comparação com julho, a inflação anual caiu em doze Estados-Membros e aumentou em quinze.

A contribuição mais elevada para a taxa de inflação em agosto foi a da energia, com 3,95 pontos porcentuais, que mostrou alta de 38,6% ante agosto de 2021 seguida de alimentação, álcool e tabaco (+2,25 p.p.), serviços (+1,62 p.p.) e bens industriais não energéticos (+1,33 p.p.).

BCE: Pandemia causou queda acentuada de investimentos na zona do euro

Uma queda acentuada nos investimentos na zona do euro foi observada pelo Banco Central Europeu (BCE). Ainda assim, a movimentação negativa foi seguida por uma recuperação importante, como divulgado em análise da autarquia em agosto. 

Segundo o estudo, os riscos para as perspectivas de investimento aumentaram com a guerra da Rússia na Ucrânia. Por outro lado, a pandemia acelerou o processo de transformação estrutural em curso, com destaque para benefícios do investimento digital e verde.

Ainda de acordo com a análise, os negócios na zona do euro despencaram com o surto, causando problemas no capital de giro das empresas e atraso no planejamento estratégico a partir do primeiro semestre de 2020. Contudo, esse cenário foi revertido através da adoção de uma política monetária e fiscal severa, evitando uma crise ainda maior.