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123 Milhas: CPI ouve testemunhas sobre fraude

A companhia suspendeu a venda de passagens e pacotes da linha promocional em 18 de agosto

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras da Câmara dos Deputados realiza nova audiência pública nesta terça-feira (3), no plenário 7, às 14h30. Desta vez para ouvir testemunhas sobre o caso da 123milhas, a pedido do presidente do colegiado, deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ).

A companhia suspendeu a venda de passagens e pacotes da linha promocional em 18 de agosto e disse que compensaria os clientes com vouchers. Com a reação negativa de consumidores e autoridades públicas – além de movimentos de antecipação de créditos por parte de bancos e outros financiadores –, a empresa resolveu pedir recuperação judicial.

A recuperação judicial paralisa, temporariamente, processos movidos por clientes contra a empresa. “O processo de recuperação foi provisoriamente suspenso em meados de setembro pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais, enquanto são verificadas as reais condições de funcionamento e reerguimento da empresa”, informou Aureo Ribeiro. Com informações da Agência Câmara de Notícias.

Maxmilhas, da 123 Milhas, entra com pedido de recuperação judicial

A Maxmilhas, empresa que faz parte do grupo 123 Milhas desde janeiro deste ano, entrou com pedido de recuperação judicial nesta quinta-feira (21), no Tribunal de Justiça de Minas Gerais.

A empresa que já fazia parte do grupo que entrou com pedido de recuperação judicial no dia 29 de agosto, não foi integrada no processo. No entanto, vale destacar que a Maxmilhas possui uma operação independente.

“Apenas não compuseram o pedido inicial, pois, naquele momento, por volta do final do mês de agosto de 2023, não se encontravam em grave crise financeira“, diz o pedido de RJ.

Nesse sentido, no documento enviado à Justiça, a Maxmilhas alega gravidade na situação e pede urgência para que consiga honrar com seus compromissos financeiros. Além disso, a companhia alega que foi afetada pela crise enfrentada pela 123 Milhas, por conta das atividades estarem “entrelaçadas”.

Ao justificar o pedido de recuperação judicial, a Maxmilhas diz que, “dada a gravidade da crise que vem sendo enfrentada pelas Requerentes, com diversas determinações de bloqueios, escassez de acesso a crédito e vencimento antecipado de contratos, não lhes restou alternativa que não o protocolo do presente pedido nesta data, sob pena de não conseguirem preservar suas atividades”, explica.

Em nota à imprensa, a Maxmilhas destaca que seus produtos não serão suspensos e que não irá cancelar passagens ou reservas de hospedagens de seus clientes. A companhia reforça ainda que “mantém suas atividades e que segue trabalhando com o compromisso de continuar promovendo novas viagens para os seus clientes”.