A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) deve, em reunião do conselho, analisar a solicitação de um prazo adicional de 60 dias para o início da tecnologia 5G nas capitais. O pedido foi feito pelo Gaispi, grupo que coordena a implantação do 5G no Brasil. A previsão oficial era de que o 5G estivesse disponível nas principais capitais, pelas operadoras, até 31 de julho.
Com a prorrogação, as operadoras não deverão ser penalizadas se implementarem o 5G até o dia 29 de agosto. A única exigência é de que a tecnologia esteja operando normalmente até o dia 29 de setembro. Vale lembrar que a possibilidade de prorrogação de 60 dias do prazo oficial já era prevista em edital da Anatel sobre o 5G.
Segundo informações do jornal “O Estado de S. Paulo”, o problema está no fornecimento de aparelhos que serão utilizados para impedir a interferência no sinal do 5G. Isso porque, segundo estimativas da agência, nem todos os equipamentos necessários chegariam até o fim de junho (primeira data prevista para o 5G rodar nas capitais).
Além do 5G, Anatel tem como meta estabelecer nova operadora para 2022
De acordo com um relato recente de Carlos Manuel Baigorri, presidente da Anatel, a agência não medirá esforços para implementar uma nova operadora de serviços móveis no Brasil. O fala foi dita em entrevista ao jornal “O Estado de S. Paulo”, no dia 15 de maio.
Baigorri confirmou que o quarto operador deverá competir com as operadores Tim (TIMS3), Vivo (VIVT4), e Claro. “Não vamos medir esforços para garantir que o quarto player regional se estabeleça no mercado. E ele começa como um bebê, que precisa de alguma forma criar balizas para proteger”, disse Baigorri.
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O presidente da Anatel também afirmou, nesta mesma entrevista, que as redes deveriam estar “limpas” para a implementação do 5G nas capitais até 30 de junho. “Nossa função como regulador é limpar a faixa para que as empresas entrem. Até o momento, o conselheiro Moisés Moreira, responsável pelo projeto, não nos reportou nada concretamente que terá atraso. É óbvio que o projeto é desafiador, os prazos são curtos, mas estamos confiantes de que, nos grandes centros, onde há pouco uso de TVs parabólicas, conseguiremos limpar tudo até 30 de junho. A questão da Lei das Antenas, que é outro desafio, não é um risco da Anatel”, disse o executivo.