A rede móvel 6G deve chegar ao mercado por volta de 2030, segundo Pekka Lundmark, CEO da Nokia. O empresário marcou presença em um painel no Fórum Econômico Mundial, em Davos, nesta terça-feira (24), e compartilhou suas previsões para os próximos anos no setor de tecnologia.
“Agora estamos construindo redes 5G, mas quando a computação quântica se tornar desenvolvida o suficiente para aplicações comerciais, nós estaremos falando de rede 6G”, disse Lundmark. No Brasil, a tecnologia 5G ainda não se encontra disponível em todas as capitais.
O empresário também acredita que os smartphones irão assumir outra forma. “Definitivamente, em 2030, os smartphones como nós conhecemos hoje não serão a interface mais comum”, afirmou.
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De acordo com Lundmark, o “mundo físico e o mundo digital irão amadurecer juntos”. O CEO da Nokia acredita que dispositivos eletrônicos serão construídos diretamente em nossos corpos, e que tais tecnologias devem se concretizar antes de 2030. Landmark afirma que, no futuro, tudo o que existe no mundo físico terá um “gêmeo digital”.
As tecnologias interativas devem integrar outros sentidos humanos, como o paladar, olfato e o tato, à experiência do usuário. Por exemplo, a Neuralink, empresa de Elon Musk, está trabalhando na produção de dispositivos eletrônicos para serem implantados no cérebro e usados na comunicação com pessoas e máquinas.
Ruth Parlor, CFO da Alphabet (empresa dona do Google), também estava presente no painel, denominado “Panorama estratégico da economia digital”. Parlot acredita que as pessoas poderão, em breve, obter traduções instantâneas de conversas utilizando óculos de realidade aumentada (AR).
Nesse sentido, a Meta (antiga Facebook), Google e Microsoft estão desenvolvendo fones de ouvido de realidade aumentada que também poderiam substituir os smartphones nos próximos anos.
Segundo Lundmark, a transição para o 6G irá demandar enormes recursos computacionais para transmitir todos os bits necessários. Tal transação para a rede 6G demandará redes 100 ou até mesmo 1000 vezes mais rápidas que o 5G, diz o empresário.