Na manhã desta terça-feira (10), a onda de demissões em empresas de tecnologia, que já passou pelas gigantes do setor, como Amazon (AMZO34) e Facebook (M1TA34), chegou ao aplicativo de transporte 99. A companhia de mobilidade, que pertence ao grupo chinês Didi, iniciou os cortes do Brasil, sem informar quantas pessoas serão demitidas. Ainda assim, conforme apurou o jornal “Valor Econômico”, as demissões envolvem todas as áreas da companhia.
“Para seguir democratizando nossos serviços, incluindo soluções de pagamento digital com a 99Pay, realizamos avaliações extensas da nossa alocação de recursos em todas as linhas de negócio”, disse um porta-voz da 99 ao “Valor”.
“Como resultado deste e de outros fatores operacionais, tomamos a difícil decisão de conduzir uma reorganização interna. Infelizmente, tivemos que nos despedir de um grupo de funcionários esta semana, aos quais somos extremamente gratos por suas contribuições”, completou o porta-voz.
Demissões na 99 acontecem apenas no Brasil
Apesar de não informar quantas pessoas serão cortadas, as demissões acontecem apenas no Brasil. Atualmente, no Linkedin da companhia de mobilidade, 3.920 funcionários brasileiros estão cadastrados.
“Sabendo que a conjuntura macroeconômica também impacta diretamente nossos usuários e parceiros, reafirmamos nosso compromisso em continuar oferecendo serviços mais acessíveis aos mais de 20 milhões de usuários ativos, gerando valor para todo o ecossistema que apoiamos”, disse o porta-voz ao “Valor”.
A fonte também informou que, segundo um estudo da Fipe, a 99 injetou indiretamente R$ 54 bilhões na economia brasileira nos últimos dez anos.
Em fevereiro, o aplicativo de entregas de refeições 99Food passará a atuar sem frota própria, mantendo somente a plataforma. O processo de redução da frota foi iniciado em janeiro de 2022.
Conforme noticiou o “Valor”, a 99 informou que vai expandir serviços em duas rodas além do transporte de passageiros e de encomendas para pessoas físicas por motocicletas.