AB InBev pretende aumentar preços nos EUA e no Brasil

Alta da inflação norte-americana é principal fator para reajuste

A Anheuser-Busch InBev, AB InBev, informou que irá aumentar os preços de bebidas a fim de acompanhar o nível da inflação nos EUA nos países que possui negócios, inclusive o Brasil.

Apesar das atualizações frequentes nos preços de produtos como Corona, Brahma e Bud Light, a AB InBev confirmou que a atual política dos valores de venda praticados não estão alinhados com a inflação norte-americana, que aumentou ao decorrer de 2022, segundo informações do “Valor”.

De acordo com Fernando Tennenbaum, diretor financeiro da companhia, a inflação está acima da visão adotada pela empresa no momento.

Apesar do Índice de Preços ao Consumidor do país ter ficado em 8% no primeiro trimestre de 2022, a receita líquida total por hectolitro das bebidas da empresa teve alta de 6,2%.

Com isso, o valor do hectolitro – que equivale a 100 litros – explica a defasagem entre as oscilações da inflação e a capacidade de acompanhar o índice.

Além disso, o Brasil, outro país em que os preços da produtora de bebidas não foram ajustados, o Índice de Preços ao Consumidor teve alta de 10,7% entre janeiro e março deste ano e a receita líquida total por hectolitro foi de 8,5%.

Dessa forma, como o orçamento da AB InBev é analisado mensalmente e é construído em cima dele uma plano anual que é trimensalmente revisado, a alteração de preços será uma forma de gerenciar os altos índices inflacionários.

“Você pode ter diferentes tamanhos de embalagens com diferentes faixas de preço para diferentes ocasiões”, afirmou Tennenbaum.
 

Aumento de preços e redução de custos são estratégias da AB InBev para manter bons resultados

Como tentativa de redução de custos, a companhia passou a utilizar embalagens retornáveis e também intensificou o uso do orçamento base zero, que faz com que os gerentes elaborem cada orçamento do zero.

Com as possíveis alterações, a pretensão da companhia é manter o crescimento de 4% a 8% no Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ao final deste ano, além de aumentar a receita de US$ 13,23 bilhões registrada ao final de março. Na ocasião, o aumento foi de 11,1% na base anual.

Agora, a expectativa é de que as amplas marcas que a AB InBev possui no mercado possam facilitar um aumento não agressivo dos preços praticados.

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