A Associação Brasileira da Indústria de Semicondutores (Abisemi) prevê que a escassez de semicondutores seguirá como um problema para a indústria e para os consumidores pelo menos até a metade de 2022.
A crise global dos chips semicondutores, que começou com a pandemia do novo coronavírus, pegou em cheio diferentes setores da indústria e vem sendo um problema para basicamente todos fabricantes de produtos eletrônicos. Com a crise se arrastando sem solução ou expectativa de melhora a curto prazo, a Abisemi aponta que a principal consequência do fenômeno será o encarecimento dos produtos eletroeletrônicos.
A avaliação pertence à associação de representantes do setor e de especialistas no setor automotivo, um dos que sofreram impacto pela falta de componentes para circuitos elétricos.
De acordo com o presidente da Abisemi, Rogério Nunes, a demanda de produtos de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) aumentou com a pandemia, surpreendendo o setor de semicondutores que havia sido impactado pela interrupção de várias cadeias produtivas.
“Esse setor de semicondutores é lento no retorno à produção. Ele demora alguns meses em função da sua característica de manufatura”, ele afirma.
Para o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Carlos Moraes, o ano de 2022 continuará sendo de “grandes desafios” na entrega de semicondutores ao setor automotivo.