Autoridades russas e ucranianas mostraram estar otimistas quanto às suas conversas, que buscam uma solução para dar fim à guerra que ocorre entre os dois países. Até domingo (13), o tom é de que pode haver um resultado positivo dentro de dias. As informações foram divulgadas pela Reuters nesta segunda-feira (14).
Indo mais à frente no mapa, a vice-presidente dos Estados Unidos, Wendy Sherman, declarou que a Rússia está sinalizando que deseja dar mais um passo para negociações significativas para o fim do conflito, que já gerou milhares de mortes e mais de 2,5 milhões de refugiados.
A Ucrânia segue afirmando que está disposta a negociar, mas não irá se render ou aceitar qualquer ultimato.
“Não vamos ceder a princípio em nenhuma posição. A Rússia agora entende isso. A Rússia já está começando a falar de forma construtiva”, disse o conselheiro e negociador ucraniano, Mykhailo Podolak, em um vídeo publicado na internet.
Segundo a agência de notícias RIA, que mencionou o delegado russo Leoni Slutsky, as negociações fizeram grandes progressos.
“De acordo com minhas expectativas pessoais, esse progresso pode crescer nos próximos dias em uma posição conjunta de ambas as delegações, em documento para assinatura”, declarou Slutsky.
Já ocorreram três negociações, sendo que a última teve foco em questões humanitárias, levando a abertura limitada de corredores para civis se retirarem de territórios que estão sofrendo com os ataques.
Nenhum dos dois países indicou qual seria o escopo para um possível acordo. Contudo, suas notas oficiais foram divulgadas quase ao mesmo tempo. No 18º dia de guerra, que foi iniciada quando as tropas russas invadiram o território ucraniano em 24 de fevereiro.
Na última segunda (7), o porta-voz do Kremlin declarou que a Rússia está preparada para interromper as operações militares “em um momento” em Kiev, capital da Ucrânia, desde que condições que foram impostas sejam cumpridas.
Entre as exigências estava o reconhecimento da Crimeia como território russo, além da aceitação de que as repúblicas separatistas de Lugansk e Donetsk são estados independentes.
Volodymyr Zelensky, presidente ucraniano, disse em entrevista à ABC que poderia “discutir e encontrar um compromisso sobre como esses territórios continuaram a viver”, e acrescentou que que o país não está pronto para uma capitulação.