AES compra eólicas da Cubico por valor bilionário

A AES Brasil chegou a sua quinta operação de fusão e aquisição desde 2017

Buscando a diversificação de fontes com foco em energias renováveis, a AES Brasil adquiriu três parques eólicos da Cubico Brasil por R$ 2 bilhões. Com isso, adiciona 456 megawatts (MW) de capacidade operacional e atinge 5,2 gigawtts (GW) de ativos renováveis, sendo 4,2 GW operacionais e 1,0 GW em construção.

O acordo foi o segundo entre AES e Cubico. Em 2020, a companhia pagou mais de R$ 800 milhões por dois ativos eólicos. Agora, arrematou os três últimos parques. 

As usinas compradas são Ventos do Araripe, no Piauí, Caetés, em Pernambuco, e Cassino, no Rio Grande do Sul. Juntas, somam 244 turbinas eólicas da Gamesa e GE, mesmos modelos já operados pela AES.

Os novos complexos estão contratados no mercado regulado até 2035 e representam um aumento de 62% na capacidade eólica em operação.

AES chega a quinta operação de fusão e aquisição desde 2017

A companhia chegou a sua quinta operação de fusão e aquisição desde 2017, quando toda base de operação da empresa era apenas em fontes hídricas. 

O objetivo é reduzir a exposição principalmente em tempos de crise hídrica, estratégia que tem sido adotada por quase todas as grandes geradoras de energia.

Nesses cinco anos, a empresa dobrou a capacidade instalada e as fontes eólica e solar já ocupam quase metade do portfólio, sendo a força dos ventos responsável por 43% da capacidade instalada, tornando a companhia um dos três mais relevantes “clusters” eólicos do país, ao lado de Engie e CTG. 

CEO da AES Brasil, Clarissa Sadock salienta que a empresa cresce em duas avenidas: projetos novos e fusões e aquisições em ativos operacionais em diferentes regiões do Brasil.

“Hidrelétricas no Sudeste e ventos no Nordeste. Esta diversificação e complementariedade gera uma previsibilidade maior do nosso fluxo de caixa”, diz Sadock, segundo o Valor. 

A AES tem o plano de modernizar mais as fazendas para que elas tenham um desempenho igual ou melhor que os ativos que a empresa já conta. Por isso, coloca R$ 100 milhões em contingência para o processo. 

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Do total da transação, R$ 1,1 bilhão será via equity e R$ 928 milhões via dívida líquida com o BNDES e debêntures de infraestrutura. Por conta da escalada de juros no Brasil, a visão da AES é de longo prazo com dívidas atreladas a CDI e IPCA.

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