Na última quarta-feira (30), o Airbnb (AIRB34) anunciou uma nova sessão em sua plataforma, que possibilitará que inquilinos aluguem suas residências.
Dessa forma, um inquilino que tem contrato de aluguel por 30 meses, por exemplo, e decide viajar por um mês, pode alugar seu apartamento para outra pessoa. A novidade muda uma política atual do Airbnb, que só permite o aluguel de proprietários da residência.
Por enquanto em fase de testes, apenas grandes polos comerciais dos EUA, como Los Angeles, Houston, Atlanta e Seattle, serão contemplados com 175 prédios na lista de edifícios compatíveis com o Airbnb. Ainda não se sabe quando a empresa irá expandir a ideia para mais cidades ao redor do mundo.
Segundo o Airbnb, em média, os inquilinos que participam do teste inicial hospedam terceiros por nove noites ao mês, faturando cerca de US$ 900. Os proprietários dos apartamentos participantes poderão cobrar uma taxa de 20% sobre os lucros dos inquilinos.
Ainda assim, pode ser muito rentável para os inquilinos, uma vez que a plataforma também disponibilizará, nesta nova sessão, uma espécie de calculadora, que aponta quanto o inquilino pode lucrar potencialmente por mês com o aluguel para terceiros.
O valor depende de uma série de fatores como localização do imóvel, número de camas e período da estadia.
Além disso, o próprio proprietário do apartamento ou administração do prédio podem restringir a quantidade de noites permitidas para aluguel nesta nova modalidade, além do direito de revisar os locatários e suas condições, se estas não estiverem de acordo com a política do prédio. As restrições são aplicadas como uma medida de segurança, e de evitar que os principais locatários aluguem seus apartamentos para outros por todo o período de contrato.
Airbnb no 3T22
No terceiro trimestre de 2022, o Airbnb registrou lucro e receita recordes, devido à forte demanda por viagens, superando US$ 1 bilhão em lucro trimestral pela primeira vez desde que abriu o capital em 2020.
Mesmo assim, as ações operam na contramão. Os papéis do Airbnb caíram mais de 40% este ano em meio a uma venda mais ampla de ações de tecnologia.