Airbus: CEO alerta para crise de suprimentos até fim de 2023

Na conferência em Bruxelas, Faury afirmou que a disparada da inflação e das contas de energia, a escassez de matérias-primas, o aperto de mão de obra e as dificuldades enfrentadas por fabricantes de peças chinesas em meio aos contínuos bloqueios por coronavírus vão prolongar a crise.

O CEO da Airbus, Guillaume Faury, afirmou em conferência na última terça-feira, que os problemas de fornecimento irão persistir até o fim de 2023, em meio a uma crise que atinge toda a cadeia de fabricantes de peças. A informação foi divulgada primeiramente pela Agência Bloomberg.

Na conferência em Bruxelas, Faury afirmou que a disparada da inflação e das contas de energia, a escassez de matérias-primas, o aperto de mão de obra e as dificuldades enfrentadas por fabricantes de peças chinesas em meio aos contínuos bloqueios por coronavírus vão prolongar a crise.

O CEO afirmou: “a crise da cadeia de suprimentos será mais longa do que pensávamos há alguns meses, mais desafiadora e mais difícil”. 

“Eu não esperaria que as coisas começassem a melhorar antes do meio do ano que vem. E não esperamos que a situação se normalize antes do final do ano que vem”, completou.

Apesar de alguns problemas terem diminuído, como falta de turbinas no começo do ano, que deixou duas dúzias de aeronaves prontas sem poder voar, Faury ainda listou problemas que ainda afligem a produção. 

No evento, disse também que a crise de energia pesará fortemente sobre produtores menores e com uso intensivo de eletricidade, como os que fazem peças fundidas e forjadas.